Mathilde Panot avisou hoje que o seu partido iria "certamente" vetar na Assembleia Nacional qualquer primeiro-ministro indicado [pelo Presidente francês, Emmanuel Macron] que não seja da aliança Nova Frente Popular (NFP), que reúne ecologistas, socialistas, comunistas e a esquerda radical.
Na quarta-feira, o Governo francês foi censurado por uma moção, a primeira vez que tal acontece em França desde 1962, o que agravará a incerteza política e económica num país-chave da União Europeia (UE).
Ao longo da Quinta República em França, apenas uma moção de censura foi bem sucedida, em 1962. No entanto, este instrumento parlamentar tem servido nos últimos anos como ferramenta de pressão contra o governo e contra o Presidente Emmanuel Macron, com dezenas de iniciativas falhadas durante as governações de Elisabeth Borne e Gabriel Attal.
A votação da moção de censura, que decorreu por volta das 19:00 de quarta-feira (menos uma hora em Lisboa), resultou na queda do Executivo francês, liderado por Michel Barnier, com os blocos da esquerda radical e da extrema-direita Reunião Nacional (RN), a terem muito mais do que a maioria necessária de votos.
O Presidente francês vai falar aos franceses hoje às 20h00 locais (19h00 em Lisboa), na sequência da aprovação da moção de censura ao Governo francês.
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