Venezuela. Urrutia denuncia que o seu genro continua desaparecido

O líder da oposição venezuelana, Edmundo González Urrutia, alertou hoje que o seu genro Rafael Tudares continua desaparecido, quando já "passaram 48 horas desde o seu sequestro".

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© Pedro Rances Mattey/Anadolu via Getty Images

Lusa
09/01/2025 15:51 ‧ há 8 horas por Lusa

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Venezuela

Numa mensagem na sua conta na rede social X, González Urrutia também tornou pública uma declaração da filha Mariana González de Tudares na qual assegura que o marido "não está ligado direta ou indiretamente a questões políticas" e que "o seu rapto é uma medida de retaliação política" contra o seu pai.

 

Edmundo González enfrentou Nicolás Maduro nas urnas a 28 de julho, numa eleição presidencial que a oposição assegura ter vencido, mas que o Conselho Nacional Eleitoral venezuelano, pró-governo, declarou ter sido vencida pelo atual Presidente da Venezuela.

A tomada de posse está marcada para sexta-feira, e tanto Edmundo González como Nicolás Maduro anunciaram a intenção de prestar juramento de posse, situação que aumentou a tensão política que a Venezuela vive há meses.

Neste contexto, González Urrutia denunciou na passada terça-feira o rapto do seu genro em Caracas, enquanto este levava os seus filhos à escola.

Desde então, a família "não recebeu qualquer informação sobre o seu paradeiro ou a sua segurança física e pessoal", segundo a sua mulher.

No comunicado, Mariana González diz que visitou os principais centros de detenção e solicitou informações através de todos os canais possíveis, mas ninguém lhe respondeu nem permitiu que o marido tivesse acesso a um advogado, recebesse a visita de um familiar ou fizesse uma consulta sobre os "direitos que tem ao abrigo da Constituição".

Mariana González nega ainda informações divulgadas "por um alto funcionário do Governo" da Venezuela, "nas quais tentam ligar Rafael Tudares a alegados factos com os quais não teve nem tem qualquer relação".

"O Rafael é inocente e reivindicamos o seu direito à presunção de inocência estabelecida pela Constituição", acrescentou a filha, na mensagem.

"Entendemos que o rapto é uma medida contra o meu pai, no entanto, devemos salientar que aqueles atos que pretendem atribuir ao meu pai não podem ser estendidos a todo o seu meio pessoal e familiar", conclui a filha de Edmundo González.

González, exilado em Espanha depois de ter denunciado fraude eleitoral na Venezuela, está esta semana a viajar por vários países norte-americanos para angariar apoios na véspera da tomada de posse presidencial em Caracas.

Leia Também: Genro de Urrutia terá sido raptado ao deixar filhos na escola em Caracas

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