"A agressão na Síria é patrocinada pelos Estados Unidos e por Israel. Estes grupos 'takfiri' [extremistas] são instrumentos que estão a utilizar para tentar destruir a Síria. Estaremos ao lado da Síria para pôr termo a esta agressão", declarou o líder do Hezbollah num discurso transmitido pela televisão, sem especificar de que forma.
"Não conseguirão atingir os objetivos [...] E nós, Hezbollah, estaremos, tanto quanto possível, ao lado da Síria para derrotar os objetivos dos rebeldes", frisou.
O Hezbollah, apoiado por Teerão, é um dos principais aliados de al-Assad e participou ao lado do exército sírio e das milícias iranianas nas várias ofensivas lançadas durante os últimos 13 anos de guerra contra as fações da oposição.
A formação armada libanesa desempenhou um papel importante na batalha para dominar Alepo, que decorreu entre 2012 e 2016, levando à destruição da cidade que era o coração do tecido industrial do país.
Mas o envolvimento atual do grupo está em causa devido às perdas que sofreu durante a guerra com Israel no Líbano durante mais de um ano e agora num impasse após as tréguas anunciadas na passada quarta-feira no país.
A coligação de insurrectos, liderada pela Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham, ou HTS, em árabe), lançou a ofensiva ao lado dos rebeldes apoiados pela Turquia a 27 de novembro (no mesmo dia em que Israel e o Hezbollah assinaram um acordo de cessar-fogo no Líbano) e, desde então, capturou um grande número de cidades, entre elas Alepo e Hama.
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