Alemanha e Turquia querem Síria como "lugar seguro para todos os sírios"

 A Alemanha e a Turquia anunciaram hoje que querem que a Síria volte a ser "um lugar seguro para todos os sírios", após mais de uma década de guerra civil.

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© Halil Sagirkaya/Anadolu via Getty Images

Lusa
10/12/2024 22:54 ‧ 10/12/2024 por Lusa

Mundo

Síria

A intenção foi manifestada pelo chanceler alemão, Olaf Scholz, numa conversa telefónica hoje com o presidente turco, Recep Erdogan, a propósito da situação política na Síria, após a queda do regime de Bashar al-Assad.

 

Em comunicado, a chancelaria alemã refere que, para os dois políticos, a Síria deve "voltar a ser um lugar seguro para todos os sírios, independentemente da etnia e da religião a que pertençam".

Scholz e Erdogan, que se congratularam com a queda do regime de al-Assad, também defenderam que a Síria tem de manter a sua integridade e soberania, condições para as quais a Alemanha e a Turquia tem trabalhado no âmbito da União Europeia e do Médio Oriente.

Os rebeldes declararam, a 08 de dezembro, Damasco 'livre' do Presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de uma ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islamita Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham ou HTS, em árabe), juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, para derrubar o regime sírio.

Perante a ofensiva rebelde, Assad, que esteve no poder 24 anos, abandonou o país e exilou-se na Rússia.

No poder há mais de meio século na Síria, o partido Baas foi, para muitos sírios, um símbolo de repressão, iniciada em 1970 com a chegada ao poder, através de um golpe de Estado, de Hafez al-Assad, pai de Bashar, que liderou o país até morrer, em 2000.

A operação começou a 27 de novembro e foi liderada pela Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham - HTS, em árabe), herdeira da antiga afiliada síria da Al-Qaida e classificada como grupo terrorista por países como os Estados Unidos, o Reino Unido, o Canadá e ainda a União Europeia.

Os rebeldes islamitas que derrubaram o regime sírio nomearam Mohammad al-Bashir como novo primeiro-ministro responsável pela transição na Síria.

Em entrevista à estação televisiva do Qatar Al-Jazeera, Mohammad al-Bashir prometeu hoje "estabilidade" e "calma" ao povo sírio.

Leia Também: Síria. Líder rebelde garante que não haverá outra guerra no país

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