Polícia fez buscas no gabinete do presidente sul-coreano após lei marcial

Uma unidade especial de investigação da polícia da Coreia do Sul disse hoje ter efetuado buscas na sede da polícia e no gabinete do presidente.

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Lusa
11/12/2024 06:39 ‧ há 2 horas por Lusa

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Coreia do Sul

"A equipa especial de investigação realizou uma busca no gabinete presidencial, na agência de polícia [sul-coreana], na agência de polícia metropolitana de Seul e no Departamento de Segurança da Assembleia Nacional", uma semana depois de Yoon Suk-yeol ter imposto a lei marcial no país, disse a unidade às agências de notícias.

 

As buscas foram anunciadas horas depois dos dois principais chefes da polícia terem sido detidos pelo papel na breve imposição da lei marcial na semana passada.

As forças de segurança sul-coreanas disseram que o comissário-geral da agência de polícia sul-coreana, Cho Ji-ho, e o chefe da agência de polícia metropolitana de Seul, Kim Bong-sik, estavam detidos na esquadra de Namdaemun, na capital.

Os dois dirigentes policiais estão a ser investigados pelo papel no envio de forças policiais para a Assembleia Nacional, numa tentativa de impedir os deputados de entrar no parlamento para suspender a lei marcial, anunciada abruptamente na noite de 03 de dezembro.

O anúncio surgiu horas antes de o principal partido da oposição, o liberal Partido Democrático, apresentar uma nova moção para destituir o conservador Yoon, que no sábado escapou por pouco a uma primeira tentativa.

O Partido Popular do Povo (PPP), no poder, boicotou e invalidou a votação por falta de quórum. Mais tarde, o partido disse que, em troca do bloqueio da moção, tinha obtido a promessa de que Yoon se ia retirar para deixar a governação ao PPP e ao primeiro-ministro.

A oposição, que acusou o PPP de um "segundo golpe" de Estado, vai tentar novamente destituir o presidente a 14 de novembro.

O Gabinete de Investigação de Corrupção de Altos Funcionários, conhecido como CIO indicou que vai solicitar a detenção e prisão de Yoon assim que estiverem reunidas as condições necessárias.

"Estamos a conduzir uma investigação completa e vamos analisar a questão da prisão", disse o presidente do CIO, Oh Dong-woon, durante uma reunião de uma comissão parlamentar, acrescentando que há procedimentos a seguir primeiro.

O ex-ministro da Defesa da Coreia do Sul Kim Yong--hyun foi formalmente detido, na terça-feira.

Kim tentou cometer suicídio, mas falhou e encontra-se em estado estável, disseram as autoridades de Seul.

O ex-ministro da Defesa foi a primeira pessoa a ser detida no âmbito do processo.

Os procuradores têm até 20 dias para decidir se acusam Yoon ou não. A condenação por rebelião implica uma pena máxima de morte. 

Leia Também: Ex-ministro da Defesa sul-coreano detido por rebelião tentou suicídio

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