Rússia promete responder a novo ataque ucraniano com armas ocidentais

O exército russo acusou as forças ucranianas de terem usado hoje mísseis norte-americanos ATACMS num ataque contra um aeródromo em Taganrog, na região de Rostov, sul da Rússia, e prometeu "uma resposta".

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© Contributor/Getty Images

Lusa
11/12/2024 16:18 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Foi estabelecido com certeza que foram utilizados seis mísseis balísticos ATACMS de fabrico norte-americano", afirmou o Ministério da Defesa russo num comunicado citado pela agência francesa AFP.

 

O ministério disse que dois dos mísseis foram abatidos e os restantes "desviados por equipamento de guerra eletrónica".

A Ucrânia anunciou hoje ter atacado um terminal petrolífero na região fronteiriça russa de Bryansk, mas não informou sobre o ataque ao aeródromo em Taganrog.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, descreveu os ataques ucranianos em solo russo com armas ocidentais como uma "linha vermelha".

Em 21 de novembro, a Rússia disparou pela primeira vez os novos mísseis hipersónicos Oreshnik contra uma fábrica em Dnipro, no sudeste da Ucrânia, em resposta à utilização de armas ocidentais contra o seu território.

Na altura, Putin avisou o Ocidente que poderia usar os novos mísseis contra os aliados da Ucrânia na NATO que autorizassem Kyiv a usar os seus mísseis de longo alcance para atacar território da Rússia.

Putin disse na terça-feira que um número adequado dos novos mísseis balísticos de médio alcance Oreshnik minimizava a necessidade de as forças armadas utilizarem armas nucleares.

Moscovo enalteceu a capacidade de destruição deste novo míssil, para o qual, segundo afirma, o Ocidente não tem resposta.

Em resposta aos bombardeamentos contra as suas infraestruturas e cidades, a Ucrânia intensificou os ataques às instalações energéticas russas para perturbar a logística do exército de Moscovo, que ainda ocupa quase 20% do território ucraniano.

A guerra russa contra a Ucrânia começou em fevereiro de 2022, com uma invasão destinada a "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, como justificou Putin na altura.

Leia Também: Kyiv não quer "resolver o conflito pacificamente", diz Putin a Orbán

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