Turquia diz que convenceu Rússia e Irão a não intervirem na queda do regime sírio

A Turquia convenceu a Rússia e o Irão a não intervirem na Síria, durante a ofensiva dos rebeldes que levou à queda do regime ditatorial no país, afirmou hoje o ministro turco dos Negócios Estrangeiros.

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Lusa
13/12/2024 21:51 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Síria

"A coisa mais importante a fazer era conversar com os russos e com os iranianos e ter certeza de que não entrariam militarmente na equação. Conversámos com os russos e com os iranianos, eles entenderam", disse o ministro Hakan Fidan, numa entrevista ao canal televisivo NTV.

 

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, fugiu com a família no passado domingo e pediu asilo político na Rússia, depois de uma coligação de rebeldes ter conseguido tomar Damasco e anunciado o fim de cinco décadas de poder da família.

A coligação vitoriosa é liderada pela Organização Islâmica de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham, ou HTS, em árabe) e inclui fações pró-turcas.

Para o chefe da diplomacia turca, se Bashar al-Assad tivesse recebido o apoio da Rússia e do Irão, corria-se o risco de "a vitória da oposição (...) levar muito tempo e isso teria sido sangrento".

"Temo-nos esforçado para conseguir [o menor número de perda de vidas] sem derramamento de sangue, prosseguindo negociações direcionadas com os dois atores importantes capazes de usar a força", afirmou o ministro turco.

Os rebeldes islamitas que derrubaram o regime sírio nomearam Mohammad al-Bashir como novo primeiro-ministro responsável pela transição na Síria e o partido Baath, no poder há mais de 50 anos, anunciou a suspensão das suas atividades "até nova ordem".

Leia Também: Novos bombardeamentos israelitas nos arredores de Damasco e no sul

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