"Há informações preliminares de que os russos começaram a usar soldados norte-coreanos em ataques - em número significativo", disse Zelensky no seu 'briefing' diário.
De acordo com o chefe de Estado ucraniano, os russos estão a integrar os norte-coreanos "em unidades combinadas e a utilizá-los em operações na região de Kursk".
"Por enquanto, apenas lá. Mas temos informações de que poderão ser aplicados noutras frentes", acrescentou.
Acusando Moscovo de levar a guerra para "outro estágio", Zelensky alertou que as tropas de Pyongyang "já estão a sofrer perdas notáveis".
"Se isto não é uma escalada, então qual é a escalada de que muitos falam?", prosseguiu, referindo-se às vozes relutantes em apoiar Kyiv, porque temem atritos com Moscovo.
Preliminary data indicates that Russia has begun using a significant number of North Korean soldiers in its assaults. These troops are being integrated into combined units and deployed in operations within the Kursk region. For now, their involvement is limited to this area, but… pic.twitter.com/7vBp4VAJlR
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) December 14, 2024
Segundo Kyiv, o Kremlin reuniu cerca de 50 mil soldados, incluindo milhares de soldados norte-coreanos, para tentar recuperar o controlo total da região de Kursk.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram, entretanto, a concretizar-se.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território, e a rejeitar negociar enquanto as forças ucranianas controlem a região russa de Kursk, parcialmente ocupada em agosto.
[Notícia atualizada às 17h06]
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