Zelensky diz que norte-coreanos participam em ataques em Kursk

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que as tropas norte-coreanas que combatem junto da Rússia poderão ter levado a cabo ataques na região russa de Kursk, parcialmente ocupada pelo exército ucraniano em agosto.

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© Viktor Kovalchuk/Global Images Ukraine via Getty Images

Lusa
14/12/2024 16:16 ‧ 14/12/2024 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Há informações preliminares de que os russos começaram a usar soldados norte-coreanos em ataques - em número significativo", disse Zelensky no seu 'briefing' diário.

 

De acordo com o chefe de Estado ucraniano, os russos estão a integrar os norte-coreanos "em unidades combinadas e a utilizá-los em operações na região de Kursk".

"Por enquanto, apenas lá. Mas temos informações de que poderão ser aplicados noutras frentes", acrescentou.

Acusando Moscovo de levar a guerra para "outro estágio", Zelensky alertou que as tropas de Pyongyang "já estão a sofrer perdas notáveis".

"Se isto não é uma escalada, então qual é a escalada de que muitos falam?", prosseguiu, referindo-se às vozes relutantes em apoiar Kyiv, porque temem atritos com Moscovo.

Segundo Kyiv, o Kremlin reuniu cerca de 50 mil soldados, incluindo milhares de soldados norte-coreanos, para tentar recuperar o controlo total da região de Kursk.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram, entretanto, a concretizar-se.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território, e a rejeitar negociar enquanto as forças ucranianas controlem a região russa de Kursk, parcialmente ocupada em agosto.

[Notícia atualizada às 17h06]

Leia Também: Ucrânia. Ataque russo envolveu 93 mísseis balísticos e de cruzeiro

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