"A partir de hoje, podemos dizer que todos os edifícios altos estão sob o controlo do exército russo", disse hoje Dmitry Pushilin, líder da República Popular de Donetsk, à agência noticiosa russa RIA Novosti.
No entanto, acrescentou, os combates são "ferozes" porque os defensores ucranianos ainda podem receber reforços.
Embora Pokrovsk seja o objetivo número um neste momento, a conquista de Toretsk - que passou de uma população de mais de 35 mil habitantes para pouco mais de mil desde o início da guerra - é crucial para o seu avanço nos próximos meses em direção ao norte, onde se situam Sloviansk e Kramatorsk.
A concretizar-se este objetivo, os russos avançariam ao longo da estrada que conduz ao reduto de Kostiantinivka.
Simultaneamente, o exército russo bloqueou mais de 200 soldados ucranianos em Kurakhov, um reduto estratégico na região de Donetsk que está prestes a cair nas mãos de Moscovo, anunciaram hoje as forças de segurança aos meios de comunicação locais.
Além disso, cerca de 700 soldados ucranianos foram também bloqueados a sul de Kurakhov, na cidade de Hannivka, de acordo com Vladimir Rogov, um conhecido ativista separatista no Donbass.
As tropas russas hastearam sábado a bandeira da Rússia no edifício da câmara municipal da cidade, cuja conquista significará a tomada de quase todo o sul do Donbass.
Isto dá aos russos um caminho livre para Velika Novosilka, o próximo alvo na sua lista, e para a fronteira com a região vizinha de Zaporijia.
O objetivo da inesperada aceleração da ofensiva russa no Donbass, que, segundo fontes britânicas, já fez mais de 2 mil mortos por dia, é chegar à melhor posição negocial para a tomada de posse do Presidente norte-americano Donald Trump e para as futuras conversações entre o novo ocupante da Casa Branca e o líder russo, Vladimir Putin.
Leia Também: Turquia acredita que "Rússia fará tudo para ficar na Síria"