O alerta foi feito pelo Provedor de Justiça e Comissário do parlamento ucraniano para os Direitos Humanos, Dimitro Lubinets, que afirmou que dados preliminares apontam para "mais de 16.000 civis ucranianos nas prisões russas".
Lubinets explicou que estas pessoas não podem ser incluídas nas trocas de prisioneiros de guerra acordadas regularmente entre Kyiv e Moscovo por serem civis.
Até à data, só foi possível trazer de volta para território ucraniano 168 pessoas nesta situação.
"Um número reduzido", reconheceu o responsável, notando os esforços de Kyiv para libertar estes detidos, que incluem jornalistas.
Lubinets acusou a Rússia de "calar a voz dos representantes dos meios de comunicação social" por todos os meios ao seu dispor, incluindo matá-los, segundo têm relatado as agências noticiosas ucranianas.
Um desses casos é o da jornalista ucraniana Victoria Roschina, recentemente dada como morta durante o cativeiro russo, desconhecendo-se ainda a causa da sua morte.
De acordo com os dados do Governo ucraniano, desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, 3.767 soldados ucranianos conseguiram regressar a casa no âmbito de acordos de troca, bem como outros 168 civis através de "outros mecanismos".
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