Suspeito de matar CEO em Manhattan acusado também de "ato de terrorismo"

O homem acusado de matar o CEO da UnitedHealthcare foi também acusado de homicídio como um ato de terrorismo, revelaram os procuradores na terça-feira.

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© REUTERS/Matthew Hatcher TPX IMAGES OF THE DAY

Lusa
18/12/2024 07:27 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Manhattan

O homem acusado de matar o CEO da UnitedHealthcare foi também acusado de homicídio como um ato de terrorismo, revelaram os procuradores na terça-feira.

 

Já acusado pelo homicídio a tiro em Nova Iorque, na madrugada de 04 de dezembro, de Brian Thompson, diretor-geral da UnitedHealthCare, Luigi Mangione foi desta vez indiciado por um grande júri de cidadãos pelos mesmos factos mas com a agravante de "ato de terrorismo", anunciou na terça-feira o procurador de Manhattan, Alvin Bragg.

Este assassinato, que descreveu como "sem escrúpulos", "premeditado" e "direcionado", teve como objetivo provocar "terror", insistiu o procurador.

Se for condenado por este crime, o brilhante ex-aluno de 26 anos, formado em engenharia por uma família rica e influente de Baltimore, enfrenta uma pena máxima de prisão perpétua sem liberdade condicional.

Desde 04 de dezembro, as imagens captadas por videovigilância do assassino a segurar friamente a sua arma silenciadora e a disparar sobre o chefe de 50 anos numa calçada do distrito comercial de Midtown deram a volta ao mundo.

O suspeito conseguiu fugir e sair de Nova Iorquee cinco dias depois, Luigi Mangione foi reconhecido e detido num McDonald's em Altoona, uma pequena cidade rural a cerca de 480 quilómetros a oeste de Nova Iorque, no Estado da Pensilvânia.

Muitos elementos implicam-no no assassinato: as suas impressões digitais foram encontradas perto do local do crime, assim como os cartuchos correspondentes ao kit de armas, incluindo alguns elementos feitos numa impressora 3D, encontrados com ele.

Nos seus pertences, a polícia encontrou ainda um texto manuscrito de três páginas dirigido ao setor dos seguros de saúde.

Ainda detido no Estado da Pensilvânia, Luigi Mangione deverá comparecer na quinta-feira numa audiência que poderá acelerar a sua transferência para Nova Iorque, onde a justiça o aguarda para o julgar.

Se o assassinato seletivo do chefe da primeira seguradora de saúde privada do país, aos pés dos arranha-céus de Nova Iorque, causou choque, também provocou um dilúvio de comentários de ódio nas redes sociais contra os programas de seguro de saúde norte-americanos, ilustrando uma profunda raiva contra um sistema acusado de priorizar o lucro em detrimento do cuidado.

O chefe da polícia de Nova Iorque criticou o aparecimento em paredes da cidade de cartazes a ameaçar outros CEO.

Desde o homicídio que os meios de comunicação social e os investigadores se têm focado no passado de Luigi Mangione para tentar perceber o que o poderá ter levado a cometer o ato.

O jovem sofria de dores nas costas há vários meses, lesão que "arruinou a sua vida", segundo a polícia, mas nesta fase da investigação "nenhuma indicação" mostra que alguma vez tenha sido cliente da UnitedHealthCare.

Leia Também: Mangione formalmente acusado de homicídio do CEO da UnitedHealthcare

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