O estado do Indiana realizou, esta quarta-feira, a primeira execução em 15 anos, num caso que até à semana passada esteve em 'discussão' nos tribunais.
Segundo conta a Associated Press (AP), o caso remonta a 1997, quando Joseph Corcoran matou quatro pessoas a tiro: o seu irmão, o seu cunhado e outros dois homens. Esta foi a 24.ª excução nos Estados Unidos este ano.
Os recursos para tentar reverter a pena de morte esgotaram-se em 2016, mas, segundo a agência de notícias explica, a semana passada os advogados voltaram a alegar que na altura do crime o homem, que morreu aos 49 anos, estava transtornado mentalmente - algo que já tinham tentado anos antes. À semelhança do que se passou das primeiras vezes em que este foi o argumento usado pela defesa, também agora não surtiu efeito - e a pena de morte a que foi condenado foi mesmo executada.
Joseph Corcoran disparou fatalmente contra os quatro homens, todas na casa dos 30, por, segundo a AP, estar sob stress devido ao casamento da sua irmã e do cunhado (uma das vítimas), que se iriam mudar para fora da cidade onde viviam, Fort Wayne.
Apenas alguns familiares e um padre puderam assistir à execução, que estava prevista ser feita com o sedativo pentobarbita - no entanto, o comunicado em que a morte foi anunciada não mencionava qual o sedativo com que Corcoran tinha morrido. O estado do Indiana não permite que meios de comunicação social assistam a execuções, mas Corcoran escolheu um repórter do Indiana Capital Chronicle como uma das suas testemunhas.
Enquanto estava preso pelos homicídios, Corcoran ter-se-á gabado de ter baleado fatalmente os seus pais em 1992, no condado de Steuben, no norte do Indiana. Apesar de ter sido acusado das suas mortes, foi mais tarde absolvido.
A execução demorou oito minutos, mas os últimos dois não foram possíveis de assistir. O advogado de Corcoran explicou que é "impossível dizer se ele sofreu". Note-se que a 'discussão' sobre a pena de morte fez com que algumas farmacêuticas parassem de vender certos medicamentos usados em execução. No entanto, o sedativo acima referido é também usado com o mesmo fim, ainda que críticos digam que pode causar dores intensas.
Os advogados lembraram ainda que o caso de Corcoran foi revisto sete vezes durante 25 anos e a pena nunca foi revertida. Segundo a esposa de Corcoran, ele estava "muito doente".
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