"O ano de 2025 será crucial para a Ucrânia e os seus parceiros, como discutimos com [o Presidente ucraniano] Zelensky", disse Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social X (antigo Twitter), prometendo que a União Europeia (UE) "apoiará a estabilidade económica" ucraniana.
No dia em que os líderes da UE discutem o apoio comunitário a Kyiv, a líder do executivo comunitário acrescentou no X, junto a uma fotografia tirada com Volodymyr Zelensky em Bruxelas, que o bloco europeu irá "defender o direito da Ucrânia a lutar pela sua liberdade e a escolher o seu próprio destino".
Para 2025, está previsto um apoio financeiro europeu de mais de 30 mil milhões de euros (12,5 mil milhões de euros do Mecanismo de Apoio à Ucrânia e de 18,1 mil milhões de euros dos empréstimos extraordinários), além do apoio comunitário de cerca de 30 mil milhões de euros já concedido até à data.
2025 will be a crucial year for Ukraine and its partners, we discussed with @ZelenskyyUa
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) December 19, 2024
We will stand by Ukraine's right to fight for its freedom and choose its own destiny.
We will support Ukraine's economic stability, with over 30 billion € of EU support next year. pic.twitter.com/mjTDorrj4q
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, disse hoje que, "um dia", a Ucrânia fará parte da UE, com o Presidente ucraniano a pedir-lhe "união com os Estados Unidos" no apoio contra a Rússia.
"É para mim uma grande honra estar ao lado do Presidente Zelensky nesta que é a primeira vez que presido ao Conselho Europeu. [...] No que diz respeito à Ucrânia, temos de ser muito claros: vocês podem contar com o nosso apoio total e incondicional, custe o que custar, e durante o tempo que for necessário, agora na guerra e no futuro na paz, e queremos dar-vos as boas-vindas aqui, um dia, como membros da UE", declarou António Costa, falando aos jornalistas, em Bruxelas, à entrada daquele que é o primeiro Conselho Europeu por si liderado.
Minutos depois, também falando aos jornalistas, o Presidente ucraniano pediu a António Costa: "Temos de contar novamente com a unidade entre os Estados Unidos [da América] e a Europa".
Numa altura de transição política norte-americana, quando Donald Trump se prepara para tomar posse, Volodymyr Zelensky vincou ser "muito difícil apoiar a Ucrânia sem a ajuda americana".
"E é isso que vamos discutir com o presidente Trump quando ele estiver na casa branca", concluiu.
O Presidente da Ucrânia participa hoje em Bruxelas no primeiro Conselho Europeu presidido pelo novo líder da instituição, António Costa, cimeira que inaugura um novo formato de um dia, para ser mais eficaz, e que terá menos conclusões escritas.
Depois de, a 01 de dezembro, ter passado o primeiro dia do seu mandato em Kyiv para garantir o apoio da UE à Ucrânia face à invasão russa, e de nessa altura ter convidado Volodymyr Zelensky para se deslocar a Bruxelas, António Costa preside hoje ao seu primeiro Conselho Europeu.
Num momento em que a UE e os seus Estados-membros já avançaram com cerca de 125 mil milhões de euros de apoio à Ucrânia, para o país manter em atividade e se defender da Rússia, o objetivo do apoio comunitário é que Kyiv fique numa posição mais forte face a Moscovo para, assim, conseguir negociar a paz.
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.
Volodymyr Zelensky chegou na quarta-feira a Bruxelas para participar numa reunião com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, e com vários líderes europeus.
No dia 01 de dezembro, António Costa começou o seu mandato de dois anos e meio à frente do Conselho Europeu, sendo o primeiro socialista e o primeiro português neste cargo.
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