O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, afirmou que Nouri terá orquestrado o assassínio, que alegadamente ocorreu no âmbito dos esforços do regime iraniano para vingar a morte do major-general Qasem Soleimani, uma figura influente no regime de Teerão e morto pelos EUA no Iraque em 2020.
O oficial iraniano foi acusado no tribunal federal de Manhattan, em Nova Iorque, de vários crimes de terrorismo e assassinato que poderão resultar numa pena de prisão de até dois anos.
Pelo menos uma das acusações é passível de pena de morte.
Washington informou que Nouri havia recolhido informações e coordenado o ataque com outro conspirador com o objetivo a obter os materiais necessários para o ataque.
De acordo com os documentos do tribunal, o Governo iraniano visa ativamente o rapto e a execução de cidadãos dos Estados Unidos e dos seus aliados residentes em países de todo o mundo, tanto para reprimir e silenciar dissidentes críticos do regime, como para se vingar da morte de Soleimani.
Nouri, atualmente sob custódia iraquiana, foi detido pelas autoridades em março de 2023 e condenado por um tribunal iraquiano pelo seu papel no assassinato de Troell.
Stephen Troell foi morto no seu carro quando estacionava na rua onde vivia com a sua família, no bairro de Karrada, no centro de Bagdad.
O norte-americano trabalhava para o Global English Institute, uma escola de línguas na capital, que funcionava sob os auspícios da organização não-governamental (ONG) Millennium Relief and Development Services, sedeada no Texas.
O seu ataque foi um caso raro de assassinato de um estrangeiro no Iraque, onde as condições de segurança têm melhorado nos últimos anos.
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