Líderes da UE e de 4 países debatem segurança e imigração na Finlândia

A Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Segurança, Kaja Kallas, e os primeiros-ministros da Finlândia, Suécia, Itália e Grécia iniciaram hoje, na Finlândia, uma reunião para debater a segurança, a defesa e a imigração.

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© JOHN THYS/AFP via Getty Images

Lusa
21/12/2024 17:44 ‧ há 10 horas por Lusa

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A chamada "Cimeira norte-sul" é uma iniciativa do primeiro-ministro finlandês, Petteri Orpo, para a qual foram convidados, além do chefe da diplomacia da UE, os chefes de Governo da Suécia, Ulf Kristersson, da Itália, Georgia Meloni, e da Grécia, Kyriakos Mitsotakis.

 

"Precisamos de mais segurança e penso que reunir nações do norte e do sul, que historicamente têm estado muitas vezes em desacordo sobre questões europeias, para discutir o que é hoje uma prioridade para a Europa é uma decisão muito inteligente", disse Meloni à chegada a Saariselkä, no norte da Finlândia.

"Em questões como os migrantes, a defesa e um cenário em que se multiplicam as guerras híbridas e as ameaças temos de unir forças. Esta é a nossa prioridade", acrescentou.

Para o primeiro-ministro finlandês, a segurança das fronteiras é uma das principais questões a discutir durante a cimeira de dois dias, uma vez que a Grécia e a Itália têm vindo a lidar com chegadas maciças de imigrantes ilegais há anos e a Finlândia, por seu lado, tem sofrido com a instrumentalização da migração por parte de Moscovo, o que a obrigou a fechar a sua fronteira com a Rússia.

"A Finlândia continua a procurar um forte apoio para a necessidade de combater a migração instrumentalizada porque é uma questão de segurança nacional e de segurança da UE", disse Orpo aos jornalistas.

De acordo com Orpo, a Finlândia manterá a fronteira com a Rússia fechada até que Moscovo deixe de permitir que imigrantes ilegais cheguem aos pontos de passagem fronteiriços através do seu país sem os documentos necessários.

No entanto, o primeiro-ministro finlandês salientou que a imigração também deve ser discutida de forma mais geral, a fim de melhorar as políticas de imigração e a segurança das fronteiras externas da Europa, especialmente nos países que estão sob forte pressão migratória do Médio Oriente e de África.

Na opinião do primeiro-ministro grego, esta cimeira é uma oportunidade para partilhar com os "amigos nórdicos" os desafios enfrentados pelos países mediterrânicos.

"Sabemos que temos de investir mais recursos na nossa defesa coletiva. A questão é saber como vamos atingir estes objetivos numa altura de maior turbulência geopolítica", afirmou Mitsotakis.

As sessões da "Cimeira norte-sul" decorrem à porta fechada realizando-se, no domingo, uma conferência de imprensa conjunta dos cinco participantes.

Leia Também: "Imigração ilegal não é sinónimo de criminalidade"

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