O vice-presidente do Suriname, Ronnie Brunswijk, escreveu no Facebook que "a vida de Bouterse teve um impacto duradouro no país" e que "os seus esforços não serão esquecidos". A causa da morte não foi divulgada, segundo a Associated Press.
Bouterse era aplaudido pelos seus apoiantes pelo carisma e por programas sociais populistas, mas para os opositores era um ditador implacável que foi condenado por tráfico de drogas e execuções extrajudiciais.
Em dezembro de 2023, Bouterse foi condenado a 20 anos de prisão por planear os assassínios de 15 opositores do governo militar que dirigia em dezembro de 1982, encerrando um processo na justiça que se prolongou por 16 anos. Depois desapareceu e nunca cumpriu a pena a que fora condenado.
Entre as vítimas havia jornalistas, oficiais militares, dirigentes sindicais, advogados, empresários e professores universitários.
A notícia da morte de Bouterse surge alguns dias depois de, aparentemente, as autoridades do Suriname terem realizado uma operação para o prender.
Após liderar um governo militar, na década de 1980, Bouterse ganhou as eleições em 2010 e foi reeleito para um segundo mandato como presidente em 2015.
Em 1999 foi condenado à revelia a 11 de prisão por tráfico de droga por um tribunal dos Países Baixos, a antiga potência colonial do Suriname. Um mandado de captura internacional impedia-o de sair do seu país.
Leia Também: Um morto e 14 feridos num ataque russo a cidade Natal de Zelensky