"Em 2021, o atual Presidente Biden propôs-me exatamente isso: adiar a adesão da Ucrânia à NATO por 10 a 15 anos, porque ainda não estava preparada", disse o líder do Kremlin em conferência de imprensa televisiva.
"Respondi razoavelmente 'sim, ela não está pronta hoje. Mas vai prepará-la para isso e vai aceitar'", acrescentou Vladimir Putin, a propósito do alegado diálogo com Biden no ano anterior à invasão russa da Ucrânia.
Segundo o líder do Kremlin, não há diferença "hoje, amanhã ou daqui a dez anos" em relação à integração da Ucrânia na NATO, que, Moscovo vê como uma linha vermelha colocada à sua segurança.
Pelo contrário, Kyiv apresenta a adesão à Aliança Atlântica como essencial para a sua defesa contra a Rússia e exige um convite o mais rapidamente possível.
O país, no entanto, reconheceu que a sua adesão poderia ocorrer após o atual conflito, desencadeado pelo ataque russo em fevereiro de 2022.
Washington e Berlim, em particular, mostram-se relutantes em relação a qualquer perspetiva de adesão rápida.
No início de dezembro, o Kremlin voltou a alertar que a adesão da Ucrânia à NATO constituiria uma ameaça "inaceitável".
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