Em 28 de novembro, o Governo decidiu suspender o processo de negociação, gerando uma onda de protestos diários, que se prolonga até hoje.
A Geórgia tem estado a lidar com uma crise constitucional, desde que o partido no poder -- Georgian Deram -, reivindicou a vitória nas eleições legislativas de outubro.
Os milhares de manifestantes que se concentraram no centro da capital estavam munidos com bandeiras da União Europeia e da Geórgia.
"Os fantoches do presidente russo, Vladimir Putin, em Tiblissi, são impotentes perante a vontade de toda a nossa nação. Vamos retomar o nosso legítimo lugar na Europa", afirmou uma das manifestantes Ilia Darsavelidze, citada pela Agência France Presse (AFP).
Entre os presentes esteve também a Presidente cessante Salomé Zourabichvili, cujo mandato terminou em 29 de novembro, após o seu sucessor, Mikheil Kavelashvili, ter sido empossado Presidente.
Zourabichvili apresenta-se como a "única líder legítima" do país.
Durante os primeiros 10 dias de protestos, a polícia de choque utilizou gás lacrimogéneo e canhões de água para dispensar os manifestantes.
Na segunda-feira, o Presidente da Geórgia declarou o empenho do país na integração na União Europeia e na NATO, durante a primeira intervenção pública após assumir o poder, apesar dos desentendimentos recentes com parceiros europeus e norte-americanos.
"Aspiramos a tornar-nos membros de pleno direito da UE. É a escolha do nosso povo estabelecida na nossa Constituição e respeitamos incondicionalmente esta política", disse Mikhail Kavelashvili, antigo jogador de futebol e deputado de 53 anos, numa reunião com diplomatas georgianos.
Leia Também: Novo Presidente da Geórgia mantem empenho do país em integração na UE