Forças de segurança sírias lançam operação na cidade de Homs

As forças de segurança sírias lançaram uma "operação de busca" hoje em Homs, no centro do país, anunciaram os meios de comunicação oficiais, tendo como alvo bairros da minoria alauita, da qual faz parte o antigo Presidente Bashar al-Assad.

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© REUTERS/Mahmoud Hasano

Lusa
02/01/2025 10:50 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Síria

"O Ministério do Interior, em cooperação com o departamento de operações militares, está a iniciar uma operação de busca em grande escala nos bairros da cidade de Homs", afirmou a agência de notícias Sana, citando um responsável de segurança.

 

A fonte indicou que os alvos são "criminosos de guerra e pessoas envolvidas em crimes que se recusaram entregar armas e a dirigirem-se aos centros de regularização", mas também "fugitivos, munições e armas ocultas".

Desde a ofensiva relâmpago liderada pelos rebeldes islamitas em dezembro, o Governo de transição sírio tem registado antigos recrutas e soldados, pedindo-lhes que entregassem as suas armas.

"O Ministério do Interior apela aos residentes dos bairros de Wadi al-Dhahab e Akrama (...) a permanecerem em casa e a cooperarem plenamente com as nossas forças", segundo a fonte.

Esta operação tem como alvo dois distritos de maioria alauita, uma minoria muçulmana da qual faz parte o antigo Presidente sírio Bashar al-Assad, disse à agência de notícias AFP Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

"A campanha visa procurar antigos membros das 'shabiha' (milícias pró-governamentais) e aqueles que organizaram ou participaram nos protestos alauitas da semana passada, que o atual Governo considerou ser uma incitação contra a sua autoridade", referiu Rahman.

Em 25 de dezembro, milhares de pessoas manifestaram-se em várias regiões da Síria após a divulgação de um vídeo que mostrava um ataque a um santuário alauita no norte do país.

A AFP não conseguiu verificar a autenticidade do vídeo, mas o Ministério do Interior sírio disse que este era "antigo e remonta à libertação de Alepo", a principal cidade do norte da Síria, no início de dezembro.

As novas autoridades tentaram repetidamente tranquilizar as minorias de que não seriam vítimas de perseguição. Mas os alauitas temem represálias, por ser uma minoria religiosa e pela sua proximidade à família Al-Assad.

Na semana passada, as forças de segurança lançaram uma operação contra combatentes pró-Assad na província costeira de Tartus, um território alauita, segundo os meios de comunicação estatais, após combates com homens armados afiliados ao antigo governo.

Leia Também: Síria. Vinte corpos não identificados encontrados numa vala comum em Homs

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