Indonésia lança programa de refeições gratuitas para crianças e grávidas

A Indonésia deu início hoje a um ambicioso programa de refeições gratuitas, no valor de 4,2 mil milhões de euros, para combater o atraso de crescimento devido à subnutrição, uma promessa eleitoral do Presidente, Prabowo Subianto.

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Lusa
06/01/2025 06:26 ‧ ontem por Lusa

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Subianto, que sucedeu a Joko Widodo em outubro, comprometeu-se a fornecer refeições gratuitas a dezenas de milhões de crianças em idade escolar e mulheres grávidas, afirmando que isso melhoraria a qualidade de vida e impulsionaria o crescimento económico.

 

"Isto é histórico para a Indonésia, que pela primeira vez está a implementar um programa nacional de nutrição para crianças, estudantes, mães grávidas e lactantes", sublinhou o porta-voz presidencial, Hasan Nasbi, no domingo à noite.

O Governo indonésio atribuiu 10 mil rupias (0,59 euros) por refeição às cozinhas que se comprometam a servir arroz, proteínas, legumes e fruta.

A meta do Executivo é atingir 19,47 milhões de crianças em idade escolar e mulheres grávidas em 2025, mas o objetivo final é de vir a fornecer refeições a quase 83 milhões de pessoas, incluindo alunos em mais de 400 mil escolas em todo o país, até 2029.

O orçamento global do programa é de 71 biliões de rupias (4,2 mil milhões de euros) para 2025, montante que permite ao Executivo manter o défice do Orçamento do Estado anual abaixo do limite máximo legislado de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), afirmou o líder da recém-formada Agência Nacional de Nutrição.

Dadan Hindayana acrescentou que o dinheiro permitirá adquirir cerca de 6,7 milhões de toneladas de arroz, 1,2 milhões de toneladas de frango, 500 mil toneladas de carne de bovino, um milhão de toneladas de peixe, legumes e frutas e quatro milhões de litros de leite, e que serão montadas, pelo menos, cinco mil cozinhas em todo o país.

O programa de refeições gratuitas visa combater o atraso de crescimento, que afeta 21,5% das crianças do vasto arquipélago de cerca de 282 milhões de pessoas. A Indonésia quer reduzir esta taxa para 5% até 2045.

Prabowo defendeu este programa com veemência durante a campanha presidencial e prometeu que as regiões mais pobres e isoladas do país do Sudeste Asiático serão a prioridade.

Depois de chegar ao poder, o antigo general visitou vários países, incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido, para obter apoio financeiro.

Na China, durante a primeira visita como Presidente, em novembro, chegou a um acordo no valor de 10 mil milhões de dólares (9,7 mil milhões de euros) com o líder chinês Xi Jinping para apoiar várias políticas, incluindo o programa de refeições gratuitas.

No entanto, alguns analistas duvidam da viabilidade do programa a longo prazo.

"Estou bastante pessimista se tudo for assumido pelo governo central. Economicamente, não será sustentável", disse à agência de notícias France Presse Aditya Alta, analista do Centro de Estudos Políticos da Indonésia, em Jacarta.

"O atraso de crescimento é um problema multidimensional e não pode ser resolvido através de uma única abordagem", acrescentou.

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