Num discurso em Epsom, no sudoeste de Londres, o governante apresentou um plano que pretende introduzir reformas que vão garantir "milhões de consultas adicionais".
Starmer prometeu "um Serviço Nacional de Saúde que trata os pacientes mais depressa" e que lhes "oferece um nível de conveniência que eles consideram normal em qualquer outro serviço que usam no dia-a-dia".
As novas medidas incluem mais funcionalidades para a aplicação digital do serviço de saúde público britânico, o National Health Service, conhecido pela sigla NHS.
A partir de março, 85% das unidades de saúde mais problemáticas vão disponibilizar informação sobre as consultas e permitir a sua alteração na aplicação digital para tentar reduzir a taxa de absentismo.
Os utentes também vão poder receber os resultados de exames e análises na aplicação mais rapidamente, em vez de serem informados por carta ou por telefone.
Keir Starmer anunciou ainda o alargamento do horário de centros de diagnóstico locais, que passam a funcionar "sete dias por semana, 12 horas por dia", para fazer exames como raio-x e ecografias.
O Governo do Reino Unido espera assim libertar médicos e especialistas para realizar mais consultas.
Atualmente existem 165 centros de diagnóstico comunitários em Inglaterra, situados em locais como centros comerciais, universidades e estádios de futebol.
Outra medida será o alargamento do uso da Inteligência Artificial, nomeadamente em equipamentos médicos, como estetoscópios que conseguem identificar o risco de insuficiência cardíaca.
"A Inteligência Artificial é uma tecnologia com um poder quase ilimitado para reduzir o desperdício, acelerar as coisas e salvar vidas. E com este plano, o NHS vai aproveitá-la devidamente", prometeu Starmer.
O primeiro-ministro britânico também anunciou o alargamento da relação entre o NHS e o setor privado, numa tentativa de reduzir os tempos de espera, no que chamou hoje de "parceria de interesse nacional".
O plano pretende cumprir a promessa de disponibilizar mais dois milhões de consultas no primeiro ano de mandato do executivo trabalhista, o que equivale a 40.000 consultas por semana.
Atualmente estão nas listas de espera para cuidados de saúde no Reino Unido 7,5 milhões de pessoas, 40% das quais há mais do que as 18 semanas aconselhadas e previstas.
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