Viagem de enviado de Trump a Kyiv foi cancelada e será reagendada

A próxima viagem a Kyiv do enviado especial do Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, à Ucrânia e à Rússia foi cancelada, mas será reagendada, anunciou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiga.

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© KHALED DESOUKI/AFP via Getty Images

Lusa
07/01/2025 13:54 ‧ há 23 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

As reuniões planeadas entre Keith Kellogg - um general reformado de três estrelas, altamente condecorado, que há muito é o principal conselheiro de Trump em questões de defesa - e as autoridades ucranianas são "extremamente importantes", comentou Sybiga aos jornalistas na capital ucraniana.

 

"Estou confiante de que esta reunião terá lugar no seu devido tempo", disse o chefe da diplomacia ucraniana durante uma conferência de imprensa, acrescentando que está em contacto com a equipa de Trump para definir o cronograma da sua organização.

A chegada de Trump à Casa Branca, a 20 de janeiro, acrescenta mais incerteza sobre como a guerra de quase três anos poderá desenvolver-se e se poderá terminar num futuro próximo.

A Ucrânia - que enfrenta um inimigo maior, a Rússia - depende do apoio militar ocidental -- e especialmente dos EUA -- para continuar a lutar.

Mas Trump criticou os milhares de milhões de dólares que a administração Biden gastou na Ucrânia, tendo ainda prometido que conseguiria acabar com a guerra em 24 horas.

As autoridades ucranianas esforçam-se agora por convencer Trump a permanecer ao lado da Ucrânia.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, elogiou a "força" de Trump e disse que a imprevisibilidade do Presidente norte-americano poderia jogar a favor de Kyiv.

A guerra está a esgotar os recursos de ambas as partes, embora os analistas militares digam que o conflito é menos sustentável para a Ucrânia e que a trajetória recente da guerra não tem sido a seu favor.

O Exército ucraniano, com poucos efetivos, está sob forte pressão na linha da frente, especialmente nas zonas orientais, embora Kyiv garanta que a sua incursão de cinco meses na região fronteiriça russa de Kursk revele que a Rússia é vulnerável.

Leia Também: Rússia sofreu quase 430 mil baixas em 2024, diz relatório britânico

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