"A França e o Brasil estão dispostos a facilitar este reatamento das trocas, que deve permitir o regresso da democracia e da estabilidade à Venezuela", frisou a presidência francesa em comunicado, na sequência de uma conversa telefónica entre os dois chefes de Estado.
Na mesma nota, os dois líderes sublinharam que "todas as pessoas detidas pelas suas opiniões ou compromissos políticos devem ser libertadas imediatamente".
A presidência brasileira divulgou um comunicado horas antes sobre a conversa entre Lula da Silva e Emmanuel Macron no qual não fez qualquer menção à situação da Venezuela.
A diplomacia brasileira também ainda não teceu quaisquer comentários sobre o seu vizinho venezuelano.
Presente na tomada de posse de Maduro esteve apenas a embaixadora brasileira em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, até porque o Governo brasileiro, outrora aliado venezuelano, não reconheceu oficialmente vitória de Maduro nem da oposição.
Nicolás Maduro, atual presidente, tomou hoje posse para um terceiro mandato de seis anos, apesar de a oposição reivindicar vitória nas eleições presidenciais de julho e após protestos no país sul-americano e no estrangeiro contra a repressão exercida pelo seu governo.
No vídeo divulgado nas redes sociais, Machado sublinha que "na sua paranóia delirante, o regime [de Nicolás Maduro] não apenas fechou o espaço aéreo da Venezuela, como ativou todo o sistema de defesa aérea" durante o dia.
"Avaliámos, portanto, tudo isto e decidimos que não é oportuno que Edmundo entre hoje na Venezuela. Pedi-lhe que não o faça, porque a sua integridade é fundamental para a derrota final do regime e para a transição para a democracia, que está muito próxima", sublinha.
Entretanto, a líder opositora venezuelana Maria Corina Machado anunciou hoje que o ex-candidato presidencial Edmundo González Urrutia, que a oposição diz ter vencido as últimas eleições presidenciais, voltará ao país apenas "quando as condições forem propícias".
"Edmundo virá à Venezuela para prestar juramento como presidente constitucional da Venezuela no momento certo, quando as condições forem adequadas", afirma Machado num vídeo divulgado na sua conta da X, antigo Twitter.
Maria Corina Machado sublinha ainda que "Maduro não poderá governar pela força uma Venezuela que decidiu ser livre".
Leia Também: "Liberdade de expressão" não é "liberdade de espalhar mentiras"