Esta visita de Estado do Presidente angolano "inscreve-se na vontade de reforçar os laços políticos, culturais e económicos entre a França e Angola", declarou a Presidência francesa, numa altura em que França está a perder influência na região africana do Sahel.
Lembrando que João Lourenço se prepara para assumir a presidência da União Africana (UA), em fevereiro, a presidência francesa acrescenta que "os dois presidentes discutirão igualmente uma série de grandes questões regionais e internacionais".
O Presidente angolano é também o mediador nomeado pela UA no conflito entre Kigali e Kinshasa.
Desde novembro de 2021, o Movimento 23 de Março (M23), um grupo armado apoiado pelo Ruanda, apoderou-se de vastas extensões de território no leste da República Democrática do Congo (RDCongo), rica em recursos naturais e dilacerada por conflitos há 30 anos.
Em dezembro, o Presidente congolês, Félix Tshisekedi, e o Presidente ruandês, Paul Kagame, deveriam ter-se reunido em Luanda, por iniciativa deste último, para conversações de paz, mas as duas partes não chegaram a acordo sobre os termos, o que levou ao cancelamento de última hora da cimeira.
Emmanuel Macron, que visitou Angola em março de 2023, apoia os esforços de mediação do Presidente João Lourenço na crise dos Grandes Lagos, segundo a nota presidencial.
Durante a visita do Presidente francês a Luanda, os dois países assinaram também um acordo de parceria destinado a desenvolver os setores agrícola e agroalimentar em Angola, um grande produtor de petróleo com ambições de diversificar a sua economia.
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