Guterres fará visita solidária ao Líbano esta semana

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, viajará para o Líbano no final desta semana para uma visita de "solidariedade" ao país e ao seu povo, anunciou hoje o seu porta-voz.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
13/01/2025 23:32 ‧ há 14 horas por Lusa

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"No sábado, o secretário-geral teve ligações telefónicas com o Presidente libanês, Joseph Aoun, para felicitá-lo pela sua eleição. Também falou com o primeiro-ministro interino, Najib Mikati" começou por dizer o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, no seu briefing diário à imprensa, em Nova Iorque.

 

"Nessas ligações telefónicas, foi acordado que, no final desta semana, o secretário-geral viajará ao Líbano para uma visita de solidariedade ao país e seu povo", acrescentou Dujarric.

Em Beirute, Guterres irá reunir-se com a liderança política libanesa.

"O secretário-geral também deve viajar ao sul do Líbano para ver a força de paz da ONU e expressar o seu apoio e agradecimento pelo trabalho que têm feito em circunstâncias muito desafiadoras", indicou o porta-voz.

Em resposta à pergunta de um jornalista, Dujarric disse que o líder das Nações Unidas também recebeu com satisfação os relatos da nomeação do novo Primeiro-Ministro, Nawaf Salam.

"Acho que é outro sinal da trajetória política positiva que vimos no Líbano nos últimos dias, com finalmente a eleição de um Presidente e agora de um novo Governo", afirmou.

Salam é o presidente do Tribunal Internacional de Justiça - o tribunal máximo da ONU. Salam está no tribunal desde 2018 e foi eleito presidente em fevereiro passado. Antes disso, atuou como representante permanente do Líbano na ONU, em Nova Iorque, de 2007 a 2017. 

O primeiro-ministro libanês cessante, Najib Mikati, manifestou hoje a esperança de que a nomeação de Nawaf Salam como seu sucessor conduza a uma "fase de resgate em todos os sentidos" do país, que ainda enfrenta "desafios enormes".

O político libanês, que estava no cargo há mais de dois anos e meio, telefonou ao seu sucessor para lhe desejar boa sorte na sua tarefa de formar governo, depois de as consultas parlamentares de hoje lhe terem dado o apoio de 84 dos 128 deputados.

Quanto ao seu próprio mandato, sobretudo os últimos 31 meses interinos, o chefe do Governo cessante sublinhou que foi repleto de desafios, sendo o maior aquele que foi colocado pela guerra entre o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel e as repercussões "a nível político e de segurança, económico e social".

Paralelamente ao Governo interino, o Líbano esteve sem chefe de Estado desde outubro de 2022 até à passada quinta-feira devido a divergências políticas, período em que o parlamento só pôde reunir-se para sucessivas votações presidenciais e durante o qual o seu trabalho legislativo foi suspenso por lei.

A escolha do novo Presidente recaiu em Joseph Aoun, anterior comandante das Forças Armadas.

Leia Também: Guterres lamenta que "sombras do colonialismo e da escravatura" se mantenham

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