Ministro da Defesa alemão vai a Kyiv para assinalar continuidade do apoio

O ministro da Defesa alemão chegou hoje de manhã a Kyiv para discutir a continuação do apoio militar à Ucrânia, dias antes da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, anunciou o ministério.

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© MICHAEL KAPPELER/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
14/01/2025 10:25 ‧ há 12 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

importante para mim mostrar com esta viagem que continuamos a apoiar ativamente a Ucrânia", disse Boris Pistorius à chegada, citado pela agência ucraniana Ukrinform.

 

"Este é um sinal de que a Alemanha, como maior país da NATO na Europa, está ao lado da Ucrânia", acrescentou.

Pistorius terá conversações bilaterais "sobre a continuação da cooperação e do apoio" à Ucrânia, e "sobre a indústria de defesa ucraniana", disse um porta-voz do ministério alemão à agência francesa AFP.

Os contactos entre as autoridades ucranianas e europeias estão a intensificar-se antes da tomada de posse do bilionário republicano como Presidente dos Estados Unidos, em 20 de janeiro.

Kyiv teme perder o apoio dos Estados Unidos com o regresso de Trump (que foi presidente entre 2017 e 2021) e ser forçada a fazer concessões à Rússia.

A Alemanha é o segundo maior fornecedor de ajuda militar à Ucrânia, a seguir aos Estados Unidos.

Mas a escala e a natureza do apoio alemão têm sido objeto de hesitações do Governo de Olaf Scholz nos últimos três anos e, mais uma vez, no período que antecedeu as eleições parlamentares de 23 de fevereiro.

O ministro alemão já se tinha encontrado com o homólogo ucraniano na semana passada, durante uma reunião dos apoiantes internacionais da Ucrânia na Alemanha, na base aérea militar de Ramstein.

Pistorius participou na segunda-feira numa reunião na Polónia sobre o fornecimento de armas a Kyiv com os homólogos polaco, francês, italiano e britânico.

Os cinco países declararam que pretendem incentivar a capacidade de produção de armamento em solo ucraniano e promover uma colaboração mais estreita entre os fabricantes de armas ucranianos e europeus.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também se encontrou com o homólogo francês, Emmanuel Macron, na segunda-feira à noite, para discutir o possível "envio de contingentes militares estrangeiros" para o país, uma ideia lançada nos últimos meses pelos aliados de Kyiv.

A Ucrânia tem contado com o apoio financeiro e militar dos aliados ocidentais para fazer frente à Rússia, que invadiu o país em fevereiro de 2022.

Os aliados ocidentais também têm decretado sanções contra interesses russos, incluindo na área da energia, para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

A Rússia opõe-se à adesão da Ucrânia à União Europeia e à NATO, a Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Leia Também: Biden afirma ter "lançado as bases" para Trump "proteger" Ucrânia

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