"Vamos dar as boas-vindas ao vencedor das eleições de julho na Venezuela e continuaremos a denunciar a fraude eleitoral", declarou o chefe de Estado costa-riquenho em conferência de imprensa.
Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros costa-riquenho, Arnoldo André, explicou que Edmundo González chegará à Costa Rica para "informar o Presidente e dar-lhe os pormenores da situação na Venezuela, da vitória que obteve por mais de 7 milhões de votos em 28 de julho [de 2024] e a fraude eleitoral cometida pelo regime de Nicolás Maduro ao empossar-se fraudulentamente como presidente".
O líder da oposição venezuelana está hoje na Guatemala, de onde chegou da República Dominicana, no âmbito de uma viagem por vários países.
Em 28 de julho do ano passado, Edmundo González enfrentou Nicolás Maduro nas urnas numa eleição presidencial que o bloco da oposição afirma ter ganho, segundo as atas que afirma ter recolhido, mas o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, controlado pelo partido no poder, declarou vitória.
O Governo da Costa Rica rejeitou na última sexta-feira a tomada de posse ilegítima de Maduro para um terceiro mandato consecutivo e acusou-o de aplicar "terrorismo de Estado contra o seu povo".
"O Governo da Costa Rica rejeita veementemente o ato ilegítimo de tomada de posse através do qual Nicolás Maduro pretende perpetuar-se no poder com base na perseguição, no uso indevido dos meios eleitorais e judiciais e no terror de Estado contra o seu povo, especialmente contra os líderes da oposição", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros costa-riquenho em comunicado.
No dia das eleições venezuelanas, Rodrigo Chaves já tinha alegado que tinha sido um processo fraudulento.
Em agosto, a Costa Rica ofereceu asilo político a Edmundo González e à líder da oposição María Corina Machado, que se mostraram gratos pelo gesto, mas não aceitaram asilo.
A Costa Rica suspendeu as suas relações diplomáticas com a Venezuela, em 2020, com o encerramento da embaixada e a retirada da sua equipa, e, um ano antes, rejeitou a vitória de Maduro nas eleições presidenciais e deu o seu reconhecimento a Juan Guaidó.
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