Israel. Ministro ameaça demitir-se com retirada do corredor de Filadélfia

O ministro israelita dos Assuntos da Diáspora e do Combate ao Antissemitismo ameaçou hoje demitir-se se o Exército retirar do corredor de Filadélfia, que separa Gaza do Egito, devido ao acordo de cessar-fogo com o movimento islamita palestiniano Hamas.

Notícia

© Marcos del Mazo/LightRocket via Getty Images

Lusa
16/01/2025 19:28 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Só decidirei o [sentido do] meu voto sobre o acordo depois de todos os pormenores serem apresentados. Se houver uma retirada do corredor de Filadélfia ou se não conseguirmos retomar os combates antes de atingirmos os nossos objetivos, demitir-me-ei do meu cargo no Governo", afirmou Amichai Chikli numa mensagem publicada nas redes sociais.

 

Chikli, que é membro do Likud, o partido do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que o acordo alcançado com as milícias palestinianas "é difícil de digerir e implica grandes custos" para Israel.

O corredor de Filadélfia é, desde há meses, um dos principais obstáculos à conclusão de um acordo de cessar-fogo. Aquela faixa de terra com cerca de 15 quilómetros de comprimento ficou sob o controlo da Autoridade Palestiniana ao abrigo do "Plano de Retirada" de 2005, ao passo que o lado egípcio ficou sob o controlo do Cairo.

No entanto, o Hamas assumiu o controlo da zona após tomar o controlo da Faixa de Gaza, em 2007, após combates entre fações palestinianas, na sequência das disputas resultantes das eleições do ano anterior. O Egito, que tem um acordo de paz com Israel desde 1979, avisou Israel do risco de operações na zona.

O próprio Netanyahu afirmou que o corredor, uma rota de contrabando de armas provenientes do Irão, permitiu ao Hamas rearmar-se para o ataque de 07 de outubro de 2023 a Israel e defendeu o seu controlo perante a possibilidade de as milícias o utilizarem para retirar reféns de forma clandestina.

As declarações de Chikli surgem depois de o primeiro-ministro israelita ter anunciado o adiamento da reunião do seu Governo para ratificar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza e ter acusado o Hamas de "criar uma crise à última hora" ao "recuar em relação a acordos explícitos".

A reunião do gabinete de segurança foi adiada devido a discussões internas no partido Sionismo Religioso sobre a sua possível saída do Governo de coligação israelita - composto por partidos de extrema-direita e ultraortodoxos - por rejeitar o acordo alcançado com o Hamas.

Leia Também: Israelitas de extrema-direita consideram acordo "submissão ao Hamas"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas