O gabinete de segurança de Israel votou a favor da aprovação do acordo de cessar-fogo com o Hamas.
A notícia é avançada pelo gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
A recomendação foi feita "depois de examinar aspetos "diplomáticos, humanitários e de segurança".
A aprovação final do acordo é esperada ainda hoje, com a última reunião marcada para as 15h30.
O acordo de cessar-fogo entre Telavive e o Hamas foi anunciado na quarta-feira, mas menos de 24 horas depois Israel recuou, alegando que o grupo islamita tinha tentado "extorquir concessões de última hora", criando uma "crise".
Com a ratificação do acordo suspensa, e já esta sexta-feira, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que iam ser libertados reféns mesmo em caso de uma 'luz vermelha'. O governo israelita divulgou também a lista de reféns que serão libertados, já domingo, e entre os quais estão três pessoas com ligações a Portugal.
Para além da libertação de reféns, a acontecer em diversas fases, o acordo prevê também a entrada de centenas de camiões de ajuda humanitária por dia em Gaza.
Já hoje, enquanto as reuniões já decorriam em Israel o grupo islamita Hamas garantiu que "todos os obstáculos" à aprovação do acordo tinham sido ultrapassados.
A menos de 48 horas do início da troca de reféns, os ataques israelitas continuam em Gaza e, desde o anúncio da trégua pelo Qatar na quarta-feira, pelo menos 113 palestinianos foram mortos em Gaza, 87 dos quais no bombardeamento do norte da cidade de Gaza, e mais de 260 ficaram feridos, segundo os últimos dados da Defesa Civil de Gaza.
[Notícia atualizada às 14h05]
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