Mais de 11 mil residentes voltam às suas casas após fogos de Los Angeles

Mais de 11.000 residentes de Los Angeles puderam regressar na sexta-feira às suas casas após os dois incêndios devastadores, ainda ativos, que fizeram pelo menos 27 mortos e devastaram mais áreas urbanas desde pelo menos meados de 1980.

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© FREDERIC J. BROWN/AFP via Getty Images

Lusa
18/01/2025 00:05 ‧ há 10 horas por Lusa

Mundo

Los Angeles

Algumas zonas de evacuação obrigatórias para os incêndios de Palisades e Eaton foram levantadas na sexta-feira, permitindo o acesso apenas aos residentes, de acordo com as autoridades locais, citadas pelos órgãos de comunicação locais.

 

O número de mortos registado até ao momento pelo médico legista de Los Angeles é de 27 pessoas, 10 no incêndio de Palisades e 17 no incêndio de Eaton. A devastação causada pelos incêndios destruiu mais de 12.000 estruturas e colocou mais de 80.000 sob ordens de evacuação.

Os dois incêndios florestais ainda em curso em Los Angeles devastaram mais áreas urbanas do que qualquer outro incêndio no Estado desde pelo menos meados da década de 1980, segundo uma análise da agência Associated Press (AP).

Os bombeiros fizeram progressos na contenção dos incêndios nas últimas horas. O Palisades está 31% dominado e mostra sinais de estabilização gradual, detalhou o Departamento de Bombeiros da Califórnia (Cal Fire). Já o incêndio de Eaton está 65% contido.

As equipas de resgate continuam à procura de pelo menos 31 pessoas desaparecidas desde o início dos incêndios, em 07 de janeiro, e o Departamento de Homicídios do Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles (LASD) divulgaram as identidades de pelo menos 17 destes, para solicitar o apoio da comunidade na identificação.

As autoridades indicaram que não esperam que nenhum incêndio se propague durante o fim de semana.

O Serviço Meteorológico Nacional (NWS) anunciou na sua última previsão que "são esperadas condições meteorológicas críticas de 24 a 30 de janeiro devido a uma nova onda de ventos de Santa Ana".

Os especialistas dizem que vários fatores podem fazer com que os incêndios florestais atinjam as cidades com mais frequência. As áreas urbanas continuam a espalhar-se para as áreas selvagens. As alterações climáticas estão a aumentar as temperaturas globais, o que leva a condições meteorológicas mais severas, incluindo secas, especialmente no oeste dos Estados Unidos.

"Se estas condições se agravarem ou se tornarem mais frequentes no futuro, não seria surpreendente, na minha opinião, que houvesse mais eventos que ameaçassem locais densamente povoados", alertou Franz Schug, investigador que estuda os limites entre as áreas selvagens e urbanas na Universidade de Wisconsin-Madison.

O 'grande incêndio' de Chicago de 1871 queimou cerca de 3,3 milhas quadradas (uma milha corresponde a cerca de 1,6 quilómetros) do centro da cidade, de acordo com o Chicago Architecture Center. O 'grande incêndio' de São Francisco de 1906 destruiu 4 milhas quadradas da cidade, de acordo com o Museu da Cidade de São Francisco.

Além de terem incendiado a maior parte da área urbana, os incêndios de Eaton e Palisades são os maiores já registados na Califórnia em janeiro.

Alexandra Syphard, cientista investigadora sénior do Instituto de Biologia da Conservação, disse que o momento e o caminho que percorreram pela cidade "podem não ter precedentes na história".

As autoridades não determinaram a causa dos grandes incêndios na Califórnia. Mas os especialistas repararam no clima extremo que criou condições mais favoráveis: chuvas fortes que impulsionaram o crescimento da vegetação, depois secas extremas que transformaram grande parte dessa vegetação num bom combustível para incêndios.

Os cientistas dizem que estes eventos climáticos extremos são uma característica das alterações climáticas.

Leia Também: Homem salva casa de família sozinho durante incêndios em Los Angeles

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