Criador do Telegram diz que só sob custódia teve consciência de acusações

O fundador da plataforma de mensagens Telegram disse em tribunal que só sob custódia policial teve consciência de todas as acusações contra a sua plataforma, foi noticiado este sábado por agências internacionais.

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Lusa
18/01/2025 12:45 ‧ há 6 horas por Lusa

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Em dezembro, perante um tribunal, Pavel Durov rejeitou que tivesse criado o Telegram, com o seu irmão, em 2013, "para criminosos", mas admitiu que a sua presença na plataforma, ainda que, segundo o próprio, seja pequena, "também aumentou".

 

As declarações de Durov, que nasceu na Rússia e possui várias nacionalidades -- incluindo a francesa -- foram feitas em dezembro, perante juízes de instrução em França e são hoje citadas pela agência France-Presse (AFP), que teve acesso a fontes ligadas ao processo.

Os juízes identificaram cerca de 15 grupos com atividades ligadas à pedofilia, à droga, fraude ou venda de armas, o que levou o presidente da plataforma a ser indiciado por cumplicidade com atividade criminosa no final de agosto.

Durov rejeitou que o Telegram permita mais facilmente que a 'darkweb' o acesso a plataformas ilegais e argumentou que são eliminadas todos os meses entre 15 e 20 milhões de contas e entre um e dois milhões de canais ou grupos.

O administrador disse estar "pessoalmente revoltado" com estas violações, que considerou "más para a sociedade e para o negócio".

A empresa tem sede no Dubai e anunciou lucros pela primeira vez em dezembro, mas Durov registou que continua com uma dívida de 2.000 milhões de dólares (1.946 milhões de euros).

Pavel Durov acrescentou que a empresa está "empenhada em melhorar" os seus processos de moderação, repetindo as promessas feitas em setembro e que foram saudadas pelo chefe de Estado francês, Emmanuel Macron.

O Telegram tem aumentado a sua colaboração com as autoridades em França nos últimos meses. No primeiro trimestre de 2024, a plataforma respondeu a quatro pedidos judiciais, um número que cresceu para 673 nos últimos três meses desse ano.

No primeiro semestre, a plataforma cedeu informações para identificação de mais de 10.000 utilizadores a nível global.

Leia Também: Colaboração da Telegram e polícia francesa sobe após detenção do fundador

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