Líder da oposição no Paquistão apela a protestos em todo o país

O antigo primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, apelou da prisão aos apoiantes para que assinalem o primeiro aniversário das eleições de 08 de fevereiro, que considera terem sido manipuladas, com protestos em todo o país.

Notícia

© Getty Images

Lusa
20/01/2025 15:55 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Paquistão

O fundador do PTI (Pakistan Tehreek-e-Insaf, ou Movimento Paquistanês pela Justiça) cumpre uma pena de 14 anos de prisão por um caso de corrupção, depois de ter sido destituído em 2022.

 

Khan "apelou aos seus seguidores para que assinalem o 08 de fevereiro como um dia negro e protestem em todo o país", disse o porta-voz do partido do PTI, Waqqas Akram, à agência espanhola EFE.

O ex-primeiro-ministro ordenou a Ali Amin Gandapur, ministro-chefe da província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do país, onde o PTI governa, que liderasse caravanas para uma reunião pública na capital regional, Peshawar, em 08 de fevereiro.

"Deu também instruções à comunidade jurídica, incluindo o Fórum dos Advogados do Insaf e outras fações [do PTI], para assinalar este dia com fortes protestos", disse o porta-voz.

De acordo com Akram, o objetivo é protestar contra "a mãe de todas as fraudes", como designou as últimas eleições gerais realizadas no país do sul da Ásia.

O PTI foi a principal força política nas eleições, apesar de Khan estar na prisão e de os seus deputados terem de concorrer como independentes.

Uma coligação entre a Liga Muçulmana do Paquistão (PML-N), a segunda maior força política, e o Partido Popular do Paquistão (PPP), a terceira, conduziu ao governo do atual primeiro-ministro da PML-N, Shehbaz Sharif.

As eleições decorreram num contexto de crescente violência insurrecional e as autoridades impuseram um corte de acesso à Internet a nível nacional no dia da votação.

Também se registou um grande atraso no anúncio dos resultados.

Segundo o PTI, nalguns distritos, os boletins de voto foram alterados em relação ao partido para favorecer o PML-N.

Os Estados Unidos e vários países europeus apelaram a Islamabad para que investigasse as alegações da oposição, mas Sharif recusou.

As eleições no Paquistão são sempre contestadas pelos partidos derrotados.

O poderoso exército tem governado o país diretamente através de golpes de Estado e desempenhado um papel desproporcionado na governação e em questões importantes de política externa.

Khan, 72 anos, antiga estrela de críquete, o desporto nacional no Paquistão, foi destituído do poder em 2022 com uma moção de censura pela qual culpa o exército.

Leia Também: Pelo menos 10 pessoas morreram em ataque a caravana no Paquistão

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas