Os bombeiros continuam a fazer progressos no combate contra as chamas, que destruíram quase 16 mil hectares desde o passado dia 07 e arrasaram alguns bairros e subúrbios da cidade.
Porém, a situação pode agravar-se com o regresso de ventos violentos, com algumas rajadas a ultrapassar os 140 km/h, uma potência comparável à de um furacão.
Sem chuva há oito meses, a região vê criar-se condições propícias à propagação do fogo.
"Esperamos que se continuem a criar condições climáticas extremamente críticas para incêndios em toda a região", anteviu Ariel Cohen, do Serviço Meteorológico dos EUA, citado pela agência France Presse.
"Todos os incêndios que se formam podem crescer de forma explosiva, por isso esta é uma situação particularmente perigosa", acrescentou.
Criticadas pela gestão desta catástrofe, as autoridades pré-distribuíram bombeiros e veículos em áreas de risco.
"Acho que estaremos muito, muito bem preparados para o pior cenário possível nos próximos dois dias e espero que não cheguemos a isso", comentou a autarca de Los Angeles, Karen Bass.
O maior dos incêndios, o de Palisades, foi controlado hoje em 59% e as autoridades reduziram a extensão das áreas afetadas com uma ordem de evacuação.
O incêndio em Eaton, que devastou principalmente a cidade de Altadena, ao norte de Los Angeles, foi contido em 87%.
Donald Trump, hoje empossado como o novo presidente dos Estados Unidos, é esperado na Califórnia no final da semana e estará sob a avaliação da população local depois de, no passado, ter ameaçado cortar a ajuda federal para o Estado combater incêndios.
A deslocação ainda acrescenta um encontro com o governador da Califórnia, o democrata Gavin Newsom, que Trump já criticou.
Donald Trump foi hoje empossado como o 47.º presidente dos Estados Unidos, numa cerimónia no Capitólio em Washington que marca o seu regresso para um segundo mandato na liderança da Casa Branca.
A cerimónia em Washington foi marcada pela presença de políticos internacionais populistas e de extrema-direita, mas com poucos responsáveis governamentais e sem líderes da União Europeia, à exceção da primeira-ministra italiana, Georgia Meloni.
O político republicano inicia hoje um segundo mandato na presidência dos Estados Unidos, após a sua liderança na Casa Branca entre 2017 e 2021, após perder em 2020 a reeleição para o democrata Joe Biden, a quem sucede agora no cargo.
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