Israel garante regressos ao Norte de Gaza desde que Hamas cumpra acordo

O exército israelita garantiu hoje que vai permitir que os palestinianos deslocados regressem ao norte da Faixa de Gaza a partir da próxima semana desde que o Hamas cumpra o acordo de cessar-fogo em vigor.

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© Mahmoud Bassam/Anadolu via Getty Images

Lusa
21/01/2025 10:33 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Se o Hamas cumprir todos os detalhes do acordo, a partir da próxima semana, os residentes da Faixa de Gaza poderão regressar ao norte e serão emitidas instruções a este respeito", afirmou o porta-voz de língua árabe do exército, Avichay Adraee, numa mensagem publicada nas redes sociais.

 

A organização islamita Hamas, por sua vez, confirmou hoje, num breve comunicado, que a segunda troca entre reféns israelitas e prisioneiros palestinianos terá lugar no sábado, 25 de janeiro, como previsto.

Segundo com o acordo assinado entre Israel e o Hamas em Doha, na primeira fase, que durará mais seis semanas, as tropas israelitas deverão retirar das zonas mais populosas da Faixa de Gaza e permitir o regresso a pé de "residentes desarmados" às suas casas sem os submeter. a qualquer inspeção.

Os residentes de Gaza que forem de carro serão sujeitos a inspeção de uma empresa privada a determinar pelos mediadores e por Israel.

Além disso, a partir do dia 22 (quarta-feira), os residentes de Gaza poderão utilizar a estrada de Salido, também sem fiscalização, pelo que os militares israelitas terão de retirar gradualmente do corredor Netzarim, reconstruído durante esta guerra e que divide a Faixa em dois lados.

"As tropas permanecem posicionadas em áreas específicas da Faixa. Por favor, não se aproximem até novas ordens. Aproximar-se das forças expõe-vos ao perigo", alertou Adraee.

O porta-voz alertou ainda a população de Gaza que é perigoso aproximar-se da zona de passagem de Rafah e também do corredor de Filadélfia, uma linha divisória entre a Faixa de Gaza e o Egito, ambos pontos ainda ocupados pelo exército.

"É proibido aproximar-se do território israelita e da zona tampão. Aproximar-se da zona tampão é extremamente perigoso", concluiu.

Apesar do cessar-fogo, o exército confirmou, em declarações à agência espanhola Efe, ter atacado Rafah na segunda-feira, explicando que detetou "indivíduos suspeitos que representavam uma ameaça para os soldados que operavam na zona".

Os meios de comunicação palestinianos informaram que duas pessoas, incluindo uma criança, foram mortas por atiradores israelitas na cidade de Rafah, no sul do país.

A comunidade internacional reconheceu a fragilidade deste acordo e teme que os ataques direcionados do exército possam prejudicar o cessar-fogo, com consequências tanto para os reféns israelitas como para a população de Gaza.

O novo Presidente norte-americano, Donald Trump, disse na segunda-feira, após a sua tomada de posse, que "não confia" na manutenção do cessar-fogo entre Israel e o Hamas nem conclusão das três fases do acordo, embora tenha sublinhado que a organização islamita está "muito fraca".

A primeira fase do acordo de cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza entrou em vigor no domingo e, até agora, foram libertados três reféns israelitas e 90 prisioneiros palestinianos.

Na primeira fase do acordo, decorre uma troca, de forma gradual, de 33 reféns israelitas por mais de 1.900 prisioneiros palestinianos.

Durante estas seis semanas, vão decorrer negociações para a segunda fase da trégua, na qual deve ficar concluída a libertação de todos os reféns israelitas em Gaza e lançadas as bases para o fim da guerra.

Leia Também: Cessar-fogo em Gaza pode falhar sob peso de contradições, dizem analistas

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