Presidente da Coreia do Sul levado para hospital após depor em tribunal

O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, foi transportado hoje para um hospital militar em Seul depois de comparecer pela primeira vez perante o Tribunal Constitucional no julgamento sobre a sua destituição, noticiou a agência sul-coreana Yonhap.

Notícia

© Lusa

Lusa
21/01/2025 11:03 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Coreia do Sul

A caravana que deveria transportar Yoon de volta ao centro de detenção a sul de Seul, onde se encontra em prisão preventiva há uma semana, deixou o Tribunal Constitucional a meio da tarde (hora local) e dirigiu-se diretamente para o hospital.

 

De acordo com o gabinete presidencial e fontes jurídicas citadas pela Yonhap, Yoon foi levado ao hospital para efetuar exames médicos.

A deslocação ao hospital foi autorizada pelo diretor do centro de detenção onde se encontra, acrescentou a agência.

Perante o tribunal, Yoon negou que tivesse ordenado aos militares que retirassem os deputados do parlamento para os impedir de votar a rejeição do decreto de lei marcial, segundo a agência norte-americana AP.

Depois de ter imposto abruptamente a lei marcial em 03 de dezembro, Yoon enviou tropas e agentes da polícia para cercar a Assembleia Nacional.

No entanto, um número suficiente de deputados conseguiu entrar para votar unanimemente a rejeição do decreto, obrigando o gabinete de Yoon a levantar a medida na manhã seguinte.

A Assembleia Nacional aprovou a destituição de Yoon em 14 de dezembro, decisão que terá de ser julgada pelo Tribunal Constitucional.

A presença de Yoon no tribunal foi a sua primeira aparição pública desde que se tornou o primeiro presidente em exercício da Coreia do Sul a ser detido por causa declaração de lei marcial, que mergulhou o país numa crise política.

"É a primeira vez que estou presente, por isso vou falar brevemente", disse Yoon depois de ter pedido a palavra ao Presidente em exercício do tribunal, Moon Hyung-bae.

"Desde a minha maioridade, tenho vivido com uma firme convicção na democracia liberal até aos dias de hoje, e especialmente durante o meu tempo de serviço público", afirmou.

"Como o Tribunal Constitucional é uma instituição que existe para defender a Constituição, peço aos juízes que me considerem favoravelmente", acrescentou, citado pela Yonhap.

O Tribunal Constitucional dispõe de 180 dias desde a data em que recebeu o processo, em 14 de dezembro, para confirmar a destituição ou para a rejeitar e reintegrar Yoon na chefia do Estado.

Se a destituição for confirmada, terão de se realizar eleições presidenciais antecipadas no prazo de 60 dias.

Leia Também: Banco central revê em baixa crescimento após crise política sul coreana

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas