A operação tem como alvo "traficantes de droga, contrabandistas e o que resta das milícias de Assad que se recusaram a depor as armas", segundo a Sana, que cita uma fonte dos serviços de segurança das novas autoridades sírias.
A Sana noticiou que foi encontrado "um depósito de armas e munições pertencentes ao regime deposto", relatando confrontos violentos entre as forças de segurança e grupos de homens armados.
Os confrontos na província de Homs, no centro da Síria, fizeram seis mortos naquela aldeia, indicou pelo seu lado o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), sediado em Londres e com uma vasta rede de colaboradores no país.
Segundo o OSDH, os combates fizeram seis mortos naquela aldeia habitada maioritariamente por xiitas e perto da fronteira com o Líbano, tendo sido enviados tanques para o local.
O diretor do Observatório, Rami Abdel Rahmane, disse à agência France Presse (AFP) que a aldeia abrigava grupos locais próximos do movimento xiita libanês Hezbollah após a queda do regime de Bashar al-Assad, em 08 de dezembro passado.
O Hezbollah apoiou militarmente o Governo de Assad durante o conflito na Síria, desencadeado em 2011 pela repressão sangrenta das manifestações de grupos de oposição pró-democráticos.
Segundo o OSDH, dezenas de pessoas foram detidas durante a operação e "algumas não tinham a sua situação regularizada" nos centros criados pelas novas autoridades para o efeito.
Muitas pessoas foram detidas nas últimas semanas no âmbito de operações de segurança contra milicianos leais a Assad, que foi deposto do poder por uma coligação liderada pela Organização para a Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, HTS) após uma ofensiva militar relâmpago.
Segundo a AFP, testemunhas e organizações não-governamentais relataram buscas em residências e execuções sumárias.
Após a deposição do regime sírio, as novas autoridades de Damasco lideradas pelo HTS, de inspiração islamita, têm tentado tranquilizar as minorias políticas e religiosas que temem ser marginalizadas e perseguidas.
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