Rebeldes iemenitas libertam tripulação de navio apreendido em 2023

Os rebeldes Huthis do Iémen anunciaram hoje a libertação da tripulação do navio "Galaxy Leader", que se encontrava detida há mais de um ano, na sequência do acordo de cessar-fogo em Gaza entre Israel e o Hamas.

Notícia

© AFP via Getty Images

Lusa
22/01/2025 14:34 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Huthis

O Conselho Político Supremo dos Huthis, apoiados pelo Irão, "anunciou a libertação da tripulação do Galaxy Leader, que havia sido detida a 19 de novembro de 2023, no âmbito da campanha de apoio a Gaza", noticiou a agência de notícias iemenita Saba, acrescentando que a medida é um "apoio ao acordo de cessar-fogo" no território palestiniano.

 

Segundo a mesma agência, a libertação dos 25 tripulantes, dos quais 17 são filipinos, foi realizada "em coordenação com o Hamas palestiniano" e com a ajuda do Sultanato de Omã.

O navio "Galaxy Leader", pertencente a uma empresa britânica, propriedade de um empresário israelita, estava fretado por uma empresa japonesa quando foi capturado em novembro de 2023 no Mar Vermelho pelos rebeldes Huthis do Iémen, que se diziam "solidários" com os habitantes da Faixa de Gaza, no contexto da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.

Os rebeldes iemenitas fizeram do "Galaxy Leader" um símbolo da sua luta, e organizaram várias excursões à embarcação.

Em 15 meses de guerra entre as forças israelitas e o Hamas, os Huthis, que controlam a capital iemenita Sanaa, dispararam também vários mísseis e 'drones' contra Israel e alvejaram navios supostamente ligados a interesses israelitas ao largo da costa do Iémen, afirmando agir em solidariedade com os aliados palestinianos.

O líder dos rebeldes iemenitas, Abdel Malek al-Huthi, anunciou no dia 16 de janeiro o seu apoio ao cessar-fogo em Gaza entre Israel e o grupo palestiniano Hamas, mas ameaçou reiniciar os seus ataques contra o território israelita em caso de violação do acordo.

"Seguiremos os passos da implementação do acordo e, se houver alguma violação, massacre ou cerco israelita, estaremos imediatamente prontos para prestar apoio militar ao povo palestiniano", disse Abdel Malek al-Huthi, num longo discurso transmitido pelo canal de televisão dos rebeldes xiitas pró-iranianos.

Após mais de um ano de conflito na Faixa da Gaza, o Hamas e Israel assinaram um acordo de cessar-fogo faseado de seis semanas que entrou em vigor no domingo, durante o qual 33 reféns israelitas serão gradualmente trocados por mais de 1.900 prisioneiros palestinianos.

O acordo, que procura lançar as bases para o fim da guerra, é composto por três fases de 42 dias cada.

No primeiro dia do cessar-fogo foram libertadas três mulheres israelitas, detidas pelo Hamas há mais de um ano, em troca de 90 prisioneiros palestinianos, na sua maioria mulheres e crianças, que se encontravam detidos há meses sem qualquer acusação.

A segunda fase começará a ser negociada após 16 dias de vigência da trégua.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas ao sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, no qual mais de 1.200 pessoas foram mortas e cerca de 250 foram levadas como reféns para o enclave, controlado pelo Hamas desde 2007.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, provocando mais de 47 mil mortos e cerca de 111 mil feridos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

Leia Também: Israel vai permitir que milicianos feridos do Hamas saiam para tratamento

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas