Hegseth diz que pagou 50 mil dólares a mulher que o acusou de agressão sexual

Pete Hegseth, nomeado de Donald Trump para secretário da Defesa dos Estados Unidos, revelou hoje ao Senado que pagou 50 mil dólares a uma mulher que o acusou de agressão sexual em 2017.

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© Kent Nishimura/Bloomberg via Getty Images

Lusa
24/01/2025 06:43 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Pete Hegseth

As respostas, consultadas e divulgadas pela agência Associated Press (AP), foram fornecidas à senadora democrata de Massachusetts, Elizabeth Warren, após perguntas adicionais que esta tinha para Hegseth, como parte do processo de seleção.

 

O advogado de Hegseth, Timothy Parlatore, recusou comentar hoje o valor em dólares. Na altura, Hegseth disse à polícia que o encontro tinha sido consensual e negou qualquer irregularidade.

Tinha dito também aos senadores, durante a sua audição de confirmação na semana passada, que foi "falsamente acusado" no incidente de 2017 e completamente ilibado.

O valor do pagamento surge no mesmo dia em que o Senado avançou na nomeação de Hegseth, através de uma votação partidária.

A votação recebeu 51 votos a favor da nomeação de Hegseth e 49 contra, com uma votação final sobre a confirmação esperada para sexta-feira.

Duas republicanas, a senadora Lisa Murkowski, do Alasca, e a senadora Susan Collins, do Maine, romperam com Trump e votaram na quinta-feira contra Hegseth, que também enfrentou acusações de consumo excessivo de álcool e abuso contra a sua segunda mulher, o que nega.

A acusação mais grave veio da mulher que disse à polícia que foi abusada sexualmente por Hegseth num quarto de hotel na Califórnia em 2017, depois de ele lhe ter tirado o telefone, bloqueado a porta e se ter recusado a deixá-la sair, de acordo com um relatório de investigação divulgado em novembro.

O relatório não diz que a polícia concluiu que as alegações eram falsas. A polícia recomendou que o relatório do caso fosse encaminhado para o Gabinete do Procurador Público do Condado de Monterey para análise.

A procuradora distrital do condado de Monterey, Jeannine M. Pacioni, disse que o seu gabinete se recusou a apresentar acusações em janeiro de 2018 porque não tinha "provas para além de qualquer dúvida razoável".

Veterano do Iraque e do Afeganistão, Hegseth, de 44 anos, é conhecido por defender políticas radicais como a militarização da fronteira com o México e restrições a mulheres e pessoas transexuais no exército norte-americano.

O ex-apresentador da Fox News e militar veterano teve a sua aptidão para a função questionada após a nomeação feita pelo Presidente, Donald Trump.

O líder democrata do Senado, Chuck Schumer, implorou aos seus colegas que considerassem seriamente esta nomeação: "Este é o melhor homem que temos para liderar o maior exército do mundo?", questionou.

Os indicados por um novo Presidente para cargos de Segurança Nacional são frequentemente os primeiros a serem alinhados para confirmação, para garantir a segurança dos Estados Unidos interna e externamente.

O Senado já confirmou por maioria esmagadora Marco Rubio como secretário de Estado, assim como confirmou John Ratcliffe como diretor da CIA - a Agência Central de Inteligência do Governo federal.

Leia Também: Pete Hegseth confirmado como secretário de Defesa dos EUA

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