O Ministério russo afirmou, num comunicado, que as forças de defesa aérea russas "intercetaram e destruíram" 120 'drones', a maioria destes sobre as regiões russas próximas das fronteiras da Ucrânia, mas também em Moscovo e na Crimeia, uma península ucraniana anexada pela Rússia em 2014.
"As forças de defesa aérea do Ministério da Defesa nos distritos urbanos de Kolomna e Ramenskoe repeliram um ataque com 'drones' que voavam na direção de Moscovo", disse hoje Sergei Sobyanin, presidente da Câmara de Moscovo, na rede social Telegram.
A comunicação social russa reportou danos em diversas regiões.
As autoridades ucranianas disseram hoje que atacaram entre a noite de quinta-feira e hoje uma refinaria e um depósito de combustível na região russa de Ryazan e uma fábrica de componentes eletrónicos para mísseis em Bryansk.
O exército russo intensificou os seus ataques no sul da Ucrânia nos últimos meses e continua a sua ofensiva na frente oriental, nas regiões de Donetsk e Kharkiv, onde as autoridades ucranianas ordenaram a retirada de mil pessoas na quinta-feira.
Com a invasão da Ucrânia pela Rússia prestes a entrar no seu quarto ano no final de fevereiro, ambos os lados estavam a trabalhar intensamente para maximizar as suas posições antes do regresso do Presidente dos EUA, Donald Trump, ao poder, que aconteceu na segunda-feira.
Antes da sua tomada de posse, Donald Trump prometeu acabar com a guerra na Ucrânia imediatamente após a sua tomada de posse.
Já as autoridades ucranianas disseram hoje que pelo menos três pessoas morreram num ataque com 'drones' russos contra um edifício e uma casa na região de Kiev.
"Infelizmente, morreram três pessoas", lamentou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O ataque devastou uma casa na cidade de Brovary, a leste de Kiev, matando um casal, informou o serviço de emergência estatal. O corpo da terceira vítima, um homem, foi encontrado num edifício, que foi fortemente danificado por estilhaços de um 'drone' na cidade de Glevakha, a sudoeste da capital, disse a mesma fonte.
As autoridades publicaram imagens de um edifício de nove andares em chamas e de dezenas de socorristas a trabalhar no local.
O Presidente Zelensky denunciou a negligência dos seus aliados em relação às entregas à Rússia de componentes para 'drones' e mísseis, que continuam apesar das sanções ocidentais.
"A Rússia não teria sido capaz de travar uma guerra se a capacidade dos cúmplices russos de contribuir para este terror tivesse sido realmente limitada", disse.
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