Uma criança, de 11 anos, e a mãe, grávida de risco, dormiram mais de 30 dias no McDonald's do Aeroporto de Madrid Adolfo Suarez-Barajas, Espanha, denunciou o El País.
Sebástian e a mãe, que se identificou como Maria, foram despejados de um quarto partilhado num apartamento, pelo qual pagavam 550 euros, no dia 1 de novembro.
A mulher, que também tinha perdido o emprego, procurou ajuda oferecida pela autarquia - o Samur Social e a Segurança Social - nesse mesmo dia, mas a mesma foi recusada por considerarem que esta "não cumpriu os objetivos acordados em planos de intervenção anteriores", segundo o município. De acordo com o diário espanhol, Maria, com dupla nacionalidade, boliviana e espanhola, já tinha pedido apoio em 2013, mas foi definida como "conflituosa".
Desde esse dia, mãe e filho, espanhol, procuraram abrigo no McDonald's do aeroporto e ali ficaram mais de 30 dias, apesar de Maria, de 33 anos, se ter deslocado por várias vezes aos serviços de apoio social - sem sucesso.
Sebástian dormiu todas as noites com o uniforme da escola, subsidiada pelo Estado e onde podia ir à cantina sem pagar, e a higiene era feita nas casas de banho do aeroporto.
Já depois de o El País questionar o Departamento de Políticas Sociais e Famílias da autarquia, a resposta chegou e foram precisas menos de 24 horas para Maria e Sebástian serem colocados num apartamento, tendo a decisão sido justificada com a "vulnerabilidade" da mãe, que estava grávida de gémeos, mas que abortou de um deles nas primeiras semanas de gestação. A autarquia não especificou, contudo, os requisitos usados nas avaliações técnicas.
Mãe e filho devem ficar naquela casa, que partilham com outras duas famílias, pelo menos três meses.
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