Em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro israelita anunciou que os documentos estarão acessíveis na página eletrónica dos Arquivos do Estado de Israel, incluindo "testemunhos, cartas, listas e fotografias assustadoras", bem como correspondência entre o gabinete do Procurador e o então chefe de Governo, David Ben-Gurion.
As autoridades acreditam que a publicação dos documentos será útil para os investigadores e familiares dos envolvidos no julgamento de 1961, no qual Eichmann foi condenado à morte pelo seu papel no genocídio contra os judeus.
A publicação pode ser pesquisada através da tecnologia de reconhecimento ótico de carateres (OCR), permitindo pesquisas por palavras-chave, nomes, eventos e datas, bem como traduções automáticas.
Adolf Eichmann foi uma das principais figuras responsáveis pelo Holocausto nazi e o arquiteto da chamada Solução Final, tendo sido igualmente responsável pela gestão do transporte para a deportação de judeus para os campos de extermínio.
Em 1960, Eichmann foi capturado na Argentina pelo serviço israelita de informações estrangeiras, a Mossad, onde viveu sob o nome de Ricardo Clemente, antes de ser enviado numa operação secreta para Israel.
No seu julgamento de oito meses, em 1961, em Jerusalém, Eichmann foi condenado à morte por 15 acusações, incluindo crimes contra o povo judeu, crimes contra a humanidade e crimes de guerra.
A execução de Eichmann por enforcamento ocorreu na noite de 31 de maio para 01 de junho do ano seguinte, depois de o Presidente de Israel se ter recusado a perdoá-lo.
Hoje, Dia Internacional da Memória do Holocausto, comemora-se a libertação do campo de concentração e extermínio nazi de Auschwitz-Birkenau, na Polónia, em 1945.
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