Em comunicado citado pela Efe, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Colômbia disse que o executivo disponibilizou "um avião da Força Aérea Colombiana" para repatriar 110 cidadãos deportados pelos EUA e "cumprindo os protocolos estabelecidos para o regresso digno e com direitos".
A bordo do avião vão viajar funcionários dos serviços de migrações da Colômbia e do Ministério dos Negócios Estrangeiros, bem como trabalhadores da saúde, para garantir "o respeito pelos direitos dos cidadãos e efetuar um acompanhamento médico, se necessário".
O executivo colombiano acrescentou que está previsto outro voo nos próximos dias com o mesmo objetivo.
No domingo, Petro rejeitou dois aviões enviados pelos Estados Unidos da América com deportados e recorreu à plataforma social X, antigo Twitter, para afirmar que um migrante "não é um criminoso e deve ser tratado com a dignidade que um ser humano merece".
"Foi por isso que fiz devolver os aviões militares estadunidenses que transportavam migrantes colombianos", explicou.
Os EUA terão utilizado aviões militares na operação de repatriamento, levando as pessoas algemadas, em condições semelhantes ao que aconteceu em voos semelhantes para o Brasil.
A posição de Petro levou o homólogo dos Estados Unidos da América, Donald Trump, a ordenar tarifas de 25% sobre todos os produtos colombianos. Em resposta, Bogotá aumentou as tarifas sobre as importações dos EUA também em 25%.
Washington e Bogotá chegaram, entretanto, a um acordo para a repatriação de migrantes no final de domingo.
A Colômbia disse, em comunicado, que "ultrapassou o impasse com o Governo dos EUA" e que está a disponibilizar os seus aviões aos repatriados, como o que hoje sai de San Diego.
Em julho, a Colômbia recebeu 17 aviões com deportações, um máximo ao longo do ano, tendo terminado 2024 a receber 18 aviões no acumulado de novembro e dezembro
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