Temido quer investigação às violações de direitos humanos em Moçambique

A eurodeputada socialista Marta Temido alertou esta terça-feira para a necessidade de uma investigação independente para encontrar os responsáveis pela repressão das manifestações em Moçambique, que provocaram mais de 300 mortos.

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Lusa
28/01/2025 17:07 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Moçambique

No final de uma audição de vários observadores, no Parlamento Europeu (PE), a europarlamentar do PS disse à Lusa que, independentemente da avaliação que seja feita sobre os resultados eleitorais em Moçambique, houve um "claro desrespeito pelos direitos humanos" durante as manifestações que se sucederam ao sufrágio.

 

Marta Temido, antiga ministra da Saúde portuguesa, denunciou a "reação desproporcionada" da polícia e militares contra a população, considerando uma violação da liberdade de expressão e manifestação, no período entre as eleições e a tomada de posse de Daniel Chapo enquanto Presidente.

"É necessário um apuramento independente daquilo que foi uma realidade de desrespeito pelos direitos humanos, houve inúmeras violações deste direito", sustentou a eurodeputada, acrescentando que têm de ser "responsabilizadas as pessoas envolvidas".

"Sem uma investigação independente, a sociedade não se poderá reconciliar", completou Marta Temido.

A europarlamentar socialista apontou que, de acordo com a informação disponibilizada, 80% das balas disparadas para reprimir os manifestantes "eram balas reais e apontadas ao peito ou à cabeça".

Nesse sentido, a eurodeputada do PS exortou a União Europeia a assumir o seu "papel de responsabilidade específica", nomeadamente na "capacitação de militares e das forças de segurança".

As manifestações pós-eleitorais em Moçambique causaram, de acordo com a plataforma eleitoral Decide, organização não-governamental que monitoriza os processos eleitorais, pelo menos 315 mortos e cerca de 750 pessoas foram baleadas em protestos que se arrastam desde 21 de outubro, convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados, alegando "fraude eleitoral".

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