ONG internacionais lançam campanha para libertação de civis pela Rússia

Várias organizações civis de Ucrânia, Rússia e internacionais lançaram esta terça-feira a campanha Pessoas Primeiro, que pede a libertação imediata de todos os civis detidos e a troca e repatriamento de prisioneiros de guerra.

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© DELIL SOULEIMAN/AFP via Getty Images

Lusa
28/01/2025 23:30 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Esta campanha apela a todos os intervenientes para libertarem imediatamente todos os civis detidos e a troca atempada e repatriamento dos prisioneiros de guerra", afirmou o diretor da organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW) para a Europa e Ásia Central, Hugh Williamson, em comunicado.

 

"Se e quando as negociações [de paz] tiverem lugar, haverá questões extremamente complicadas que podem levar anos a resolver e, entretanto, milhares de ucranianos estão detidos pela Rússia em condições terríveis", acrescentou o responsável.

A campanha foi iniciada pelo Centro ucraniano para as Liberdades Civis e pelo grupo russo de defesa dos direitos humanos Memorial, ambos laureados com o Nobel da Paz de 2022.

A campanha junta mais de 31 grupos de direitos humanos.

O fim da guerra na Ucrânia foi uma das promessas feitas pelo Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, durante a campanha eleitoral, tendo havido, desde a sua tomada de posse, no passado dia 20, discussão sobre se as negociações de paz terão lugar num futuro próximo.

A plataforma Pessoas Primeiro ('People First', no nome inglês), pretende que todas as partes envolvidas nas negociações deem prioridade à libertação imediata e sem condições dos civis detidos.

A HRW refere que há cerca de 16.000 civis ucranianos detidos ilegalmente na Rússia, onde são mantidos em locais de detenção.

A ONG acrescenta que muitos dos detidos estão em mau estado de saúde devido a maus-tratos.

"As agências das Nações Unidas e grupos de defesa dos direitos humanos relataram que os civis ucranianos e os prisioneiros de guerra detidos pelas autoridades russas desde o início da guerra foram torturados e sujeitos a tratamentos desumanos e degradantes", refere, ainda, a HRW.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.  

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.  

Leia Também: CE propõe tarifas sobre mais produtos agrícolas russos e bielorrussos

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