"O povo deste país (...) quer que as suas comunidades estejam seguras", justificou a nova secretária da Segurança Interna, Kristi Noem, ao anunciar a decisão na cadeia televisiva Fox News.
A proteção temporária destes venezuelanos foi prolongada por 18 meses pelo ex-Presidente Joe Biden, poucos dias antes de abandonar a Casa Branca, em 20 de janeiro, quando foi substituído pelo republicano Donald Trump.
Este estatuto, que assegura proteção contra a expulsão e o direito ao trabalho, é concedido aos cidadãos estrangeiros cuja segurança não esteja garantida nos seus países de origem devido a conflitos, catástrofes naturais ou outras circunstâncias extraordinárias.
Durante o seu primeiro mandato, entre 2017 e 2021, Donald Trump, que fez da luta contra a imigração ilegal uma das suas "bandeiras", já tinha revogado a proteção temporária de milhares de salvadorenhos, haitianos e nicaraguenses.
De regresso à Casa Branca desde 20 de janeiro, o republicano prometeu lançar "o maior programa de expulsões da história norte-americana", recorrendo às Forças Armadas se necessário.
Numa política oposta, o democrata Joe Biden tinha alargado o sistema de proteção temporária para abranger mais de um milhão de cidadãos, sobretudo de El Salvador, Sudão, Ucrânia e Venezuela.
A proteção aos venezuelanos foi alargada devido à "emergência humanitária" que o país enfrenta, que, segundo Washington, é liderado pelo "regime desumano" do chavista Nicolás Maduro, que acaba de tomar posse para um terceiro mandato.
Os Estados Unidos criticaram a "natureza ilegítima" da tomada de posse de Nicolás Maduro e aumentaram a recompensa para 25 milhões de dólares (24 milhões de euros) por qualquer informação que leve o líder venezuelano à justiça por tráfico de droga e corrupção.
De acordo com o Pew Research Center, 1,2 milhões de pessoas tinham ou eram elegíveis para o estatuto de proteção temporária nos Estados Unidos em março de 2024. Os venezuelanos eram a nacionalidade mais afetada.
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