Presidente moçambicano pede fim de destruição de infraestruturas

O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, pediu hoje à população o fim da destruição e do vandalismo de infraestruturas nas manifestações pós-eleitorais e apelou à tolerância e respeito ao pluralismo de ideias.

Notícia

© Lusa

Lusa
30/01/2025 19:20 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Moçambique

"Nós como moçambicanos temos que conservar as coisas que estamos a construir. É muito importante perceber isso, nós somos moçambicanos, desde a nossa independência estamos a construir o nosso país (...). Não faz sentido que alguém acorde de manhã e destrua aquilo que lhe pertence", declarou o Presidente de Moçambique, em declarações à imprensa, pouco de depois de aterrar em Quelimane, na província da Zambézia, na sua primeira visita de trabalho na província moçambicana, enquanto chefe do Estado.

 

Daniel Chapo orienta sexta-feira a cerimónia de abertura do ano letivo 2025, no distrito de Lugela, na província da Zambézia, no centro de Moçambique.

"Queremos dizer que estas destruições têm consequências para o amanhã do nosso povo", alertou Daniel Chapo. Na mesma declaração à imprensa, defendeu respeito pela pluralidade de opiniões: "Nós somos moçambicanos, não somos obrigados a pensar da mesma forma, pensar de forma diferente é importante porque é isso que faz construir Moçambique".

A Confederação das Associações Económicas (CTA) estimou em mais de 500 as empresas vandalizadas durante as manifestações pós-eleitorais em Moçambique e que pelo menos 12 mil pessoas estão agora sem emprego.

O Conselho Constitucional de Moçambique proclamou em 23 de dezembro Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), vencedor da eleição presidencial, com 65,17% dos votos, bem como a vitória da Frelimo, que manteve a maioria parlamentar nas eleições gerais de 09 de outubro.

Este anúncio provocou o caos em todo o país, com apoiantes de Venâncio Mondlane - que, segundo o Conselho Constitucional, obteve apenas 24% dos votos - manifestando-se nas ruas, com barricadas, pilhagens e confrontos com a polícia.

A contestação dos resultados eleitorais já provocou pelo menos 315 mortos e cerca de 750 feridos a tiro, segundo organizações da sociedade civil.

Leia Também: Chapo exige ao novo ministro da Justiça "vigor" na luta anticorrupção

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas