Pró-russo Armen Sarkisyan morreu em explosão em Moscovo

Armen Sarkissian, com cerca de quarenta anos de idade, é originário da Arménia, mas mudou-se para a região de Donetsk, no leste da Ucrânia, quando era jovem, de acordo com o meio de comunicação social russo Mediazona.

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© TATYANA MAKEYEVA/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
03/02/2025 12:34 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

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O colaborador pró-russo de Donetsk Oblast, Armen Sarkisyan, que era procurado pela Ucrânia, morreu depois de ter ficado gravemente ferido numa explosão num complexo residencial de luxo, em Moscovo, na Rússia, esta segunda-feira, adianta a agência estatal russa Tass.

 

"Apesar da assistência médica dada, uma das vítimas morreu no hospital", disse o Comité de Investigação de Moscovo, citado na notícia da agência.

Inicialmente, tinha sido avançado de que Armen Sarkissian tinha sobrevivido ao ataque, mas estava "hospitalizado em estado grave" e uma perna teria que ser amputada, informou a Ria Novosti, citando a polícia de Moscovo, acrescentando que um dos seguranças morreu.

Note-se que, durante a manhã, foi noticiado pela imprensa russa que um dispositivo não identificado tinha explodido na entrada de um dos edifícios do complexo residencial Alye Parusa e que havia um morto e quatro feridos.

O ministério do Interior russo, através de um comunicado, tinha confirmado que havia um morto e quatro feridos, mas não especificou a causa do incidente, dizendo apenas que danificou as janelas da residência e "espalhou fumo".

Uma grande força policial foi colocada em torno do edifício, que foi sobrevoado por um helicóptero, de acordo com um jornalista da agência France-Presse presente no local.

O porta-voz da presidência da Rússia, Dmitri Peskov, disse que os serviços especiais estão trabalhar no caso e que a informação vai ser esclarecida.

Armen Sarkissian, com cerca de quarenta anos de idade, é originário da Arménia, mas mudou-se para a região de Donetsk, no leste da Ucrânia, quando era jovem, de acordo com o meio de comunicação social russo Mediazona.

De acordo com o SBU, começou por ser conhecido como um "barão do crime" na região antes de se tornar próximo do antigo presidente ucraniano pró-russo Viktor Yanukovych.

O antigo líder abandonou a Ucrânia em 2014, depois de dezenas de pessoas terem sido mortas numa tentativa de repressão durante os protestos pró-União Europeia na Praça Maidan.

Armen Sarkissian, também conhecido como Armen Gorlivsky, é procurado desde 2014 por "organizar assassínios" em Kiev, segundo os serviços de segurança ucranianos.

"Estão a ser tomadas medidas para levar à justiça o autor destes crimes contra a Ucrânia", declarou o SBU.

De acordo com a agência Tass, Sarkissian é presidente da Federação de Boxe da República Popular de Donetsk (DNR).

Grandes áreas da região ucraniana de Donetsk e da região vizinha de Lugansk escaparam ao controlo de Kiev desde uma rebelião separatista armada pró-russa liderada por Moscovo em 2014.

Desde o início do ataque russo à Ucrânia, em fevereiro de 2022, figuras russas ou pró-russas ligadas ao conflito têm sido alvo de assassínio na Rússia e nos territórios ocupados.

A maioria destes ataques foi atribuída a Kiev ou reivindicada pelos serviços secretos ucranianos, sendo o mais recente o assassinato do general Igor Kirillov em Moscovo, no passado mês de dezembro.

Os serviços de segurança ucranianos (SBU) tinham indicado em dezembro de 2024 que Sarkissian estava implicado na rebelião separatista pró-russa de 2014 estando envolvido na formação do batalhão Arbat que combate as forças de Kiev.

Em dezembro, os serviços de segurança ucranianos afirmaram que Armen Sarkissian era suspeito de recrutar prisioneiros na Rússia para combater na Ucrânia ao serviço do batalhão Arbat.

Segundo o SBU, as autoridades russas tinham-lhe pedido para criar esta nova formação armada após o início da ofensiva contra a Ucrânia em 2022.

Leia Também: Militares acusam Moscovo de atacar escola usada como abrigo

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