França julga ex-cirurgião. Centenas de crianças anestesiadas violadas

O homem, de 73 anos, é acusado de abusar ou violar 299 crianças entre 1989 e 2014. É o maior julgamento de abuso infantil da história de França.

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Notícias ao Minuto
03/02/2025 18:38 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto

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França

O julgamento do ex-cirurgião francês Joel Le Scouarnec, acusado de abusar de centenas de pacientes menores, muitas vezes quando estavam sob anestesia, deverá arrancar este mês em França. É o maior julgamento de abuso infantil da história do país. 

 

O homem, de 73 anos, é acusado de abusar ou violar 299 crianças entre 1989 e 2014, tal como destaca a BBC. 

O julgamento em Vannes, na região administrativa da Bretanha, acontece depois de uma longa investigação policial, que durou vários anos. Acredita-se, nomeadamente, que foi protegido por colegas e administrações de hospitais onde trabalhou, bem como familiares. 

O homem, note-se, está preso desde 2017, quando foi detido sob suspeita de violar as sobrinhas, agora na casa dos 30 anos, assim como uma menina de seis anos e um jovem paciente. Em 2020, foi condenado a 15 anos de prisão.

Já depois da sua detenção, a casa de Le Scouarnec foi alvo de buscas e as autoridades encontraram bonecas sexuais do tamanho de crianças, mais de 300 mil imagens de pornografia infantil e milhares de páginas de diários meticulosamente compilados, nos quais o homem descrevia as agressões que cometeu contra os seus pacientes ao longo de 25 anos.

O ex-cirurgião negou os crimes, alegando que os diários refletiam apenas as suas "fantasias". Em várias ocasiões, cita a BBC, escreveu: "Sou um pedófilo". 
 
Le Scouarnec enfrenta mais de 100 acusações de violação e mais de 150 acusações de abuso sexual. 

Algumas das vítimas recordam-se dos abusos, sob o pretexto de exames médicos, contudo, um grande número de vítimas estava sob anestesia, não se lembrando dos acontecimentos e ficando chocadas após serem contactadas pela polícia com a informação, em alguns casos, de que o seu nome estava nos diários de Le Scouarnec. 
 
A advogada Francesca Satta, que representa várias vítimas, disse à BBC que entre os seus clientes estão "as famílias de dois homens que se lembravam, e que acabaram tirando a própria vida". 

Já Olivia Mons, da associação France Victimes, conversou com várias vítimas e afirmou que muitas só tinham lembranças vagas de acontecimentos que nunca conseguiram "encontrar palavras para explicar". Quando o caso ficou conhecido, "proporcionou-lhes o início de uma explicação". 

O julgamento começa em 24 de fevereiro e deve durar até junho.

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