Numa intervenção hoje no jantar primeiro retiro de líderes da UE, em Bruxelas, onde participou a convite do presidente do Conselho Europeu, António Costa, Starmer expôs "algumas áreas específicas em que podemos fazer mais em conjunto".
"A Ucrânia mostrou como a tecnologia está a transformar o campo de batalha - por isso é vital que nos concentremos mais na investigação e desenvolvimento", disse, num extrato adiantado pelos seus assessores.
Starmer vincou que "o Reino Unido possui competências únicas neste domínio, uma vez que é a sede do Acelerador da Inovação no domínio da Defesa da NATO".
Nesta matéria, referiu ainda o potencial do programa Horizonte Europa, que financia projetos de investigação científica e ao qual os britânicos regressaram em 2024, depois de vários anos ausente na sequência do Brexit.
O chefe de Governo britânico propôs também "melhorar a mobilidade militar e logística em toda a Europa, para que possamos deslocar mais facilmente as tropas e o material para onde é necessário".
Em termos de cooperação, Starmer sugeriu maior coordenação para fazer face a ameaças estatais e a operações de sabotagem, nomeadamente nas infraestruturas submarinas, e em missões militares, como já acontece no Mar Vermelho e com o treino de tropas ucranianas.
Por fim, exortou os líderes dos 27 a "aprofundar a nossa colaboração industrial", como já acontece com a presença no Reino Unido da Airbus e da Thales.
"Seremos mais bem sucedidos na construção do setor da defesa europeu e contribuiremos mais para a nossa própria defesa se trabalharmos em conjunto", salientou.
Starmer acredita que o Reino Unido e a UE devem "maximizar o peso industrial e a influência que temos em conjunto" pois "a fragmentação enfraquecer-nos-ia a todos".
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