A polícia espanhola deteve, entre os dias 11 e 29 de janeiro, 26 taxistas por alegado envolvimento na 'máfia dos táxis', um grupo criminoso que monopoliza as praças de táxis em locais como os aeroportos.
Contudo, apesar das detenções, o juiz Sergio Escalona, de Sevilha, afirmou que o crime continua a acontecer na praça de táxis do aeroporto de San Pablo, na cidade espanhola. Na última sexta-feira, 31 de janeiro, o juiz libertou oito motoristas que estão acusados de crimes como organização criminosa, ameaças, coação e danos.
Os taxistas que saíram em liberdade estão proibidos de se aproximarem, a menos de 500 metros, do aeroporto de Sevilha e podem vir a ser condenados a uma pena "até oito anos de prisão".
Segundo o juiz, citado pelo jornal local Diario de Sevilla, estes homens, "em concertação com os demais investigados no presente processo”, organizavam-se para "monopolizar o serviço de transporte de passageiros no aeroporto de Sevilha, impedindo violentamente que outros profissionais do setor trabalhassem nas instalações através de ameaças, coação e outros atos de intimidação, individualmente e em grupo".
Os taxistas estabeleceram assim um "sistema de vigilância e controlo, danificando os bens dos profissionais que pretendiam exercer o seu trabalho no aeroporto, obtendo assim um grande lucro económico devido às tarifas de transporte dos utentes de e/ou para o aeroporto".
Sergio Escalona avisou ainda os homens que estão a ser investigados para "se absterem de praticar qualquer ato que viole a proibição imposta", alertando-os para o facto de o incumprimento poder "dar origem a novas medidas cautelares que impliquem uma maior limitação da liberdade pessoal".
A empresa pública Aena, que gere o aeroporto de Sevilha, recebeu também instruções do tribunal para prestar "auxílio e assistência" às vítimas, caso seja necessário.
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